James Horner: uma grande perda para as trilhas sonoras de Hollywood (My Heart Will Go On)

Nascido em Los Angeles em agosto de 1953, passou a infância em Londres, onde começou a estudar piano aos 5 anos de idade. Na década de 1970, voltou para Califórnia onde obteve graduação, mestrado e doutorado em música. Realizava a composição de pequenas produções ao longo de toda a década de 70, porém, apenas em 1982 assumiu a trilha sonora de um filme maior, que seria “Jornada nas Estrelas II: A ira de Khan (Star Trek II: The Wrath of Khan de 1982 – “KHAAAAAAAAAAANNNNNNNNNN”), filme no qual, até figuração ele fez!
Horner assume que nesta época não conhecia John Willians (compositor da trilha de “Guerra nas Estrelas” entre vários outros temas e trilhas) e Jerry Goldsmith (outro famoso e prolífero compositor de trilhas como: Alien, o 8º passageiro (Alien – 1979), Gremlins (1984), Planeta dos Macacos ( Planet of the Apes – 1968)). Apesar disso, lhe era pedido para fazer um trabalho, semelhante ao destes famosos daquela época, e que, por estar no começo da carreira, Horner não poderia “mandar para o inferno” os seus empregadores. Garoto esperto!

- Jornada nas Estrelas III – A procura de Spock (Star Trek III: The Search of Spock – 1984)
- Cocoon (Cocoon – 1985)
- Aliens (Aliens – 1986)
- O nome da Rosa (The Name of The Rose – 1986)
- O Milagre Veio do Espaço (*Batteries not Included – 1987)
- Cocoon 2 – O Regresso (Cocoon: The Return – 1988)
- O Campo dos Sonhos (Field of Dreams – 1989)
- Querida, encolhi as Crianças (Honey, I Shrunk The Kids – 1989)
- Tempo de Glória (Glory – 1989)
Com o tempo, criou seu próprio estilo de música, que costuma associar coros, música eletrônica e músicas celtas. Aliás… Titanic é o grande exemplo do uso da música celta, o que nos leva à década de 90 e, digamos assim, ao ponto máximo da carreira do compositor, pois graças à ele, Titanic levou 2 dos 11 prêmios do Oscar do ano de 1998 (melhor trilha sonora e melhor canção). Nesta década, entre suas principais trilhas estão:
- Rocketeer (The Rocketeer – 1991)
- Um Conto Americano: Fievel vai para o Oeste (An American Tail: Fievel Goes West – 1991)
- Jogos Patrióticos (Patriot Games – 1992)
- Abracadabra (Hocus Pocus – 1993)
- O Dossiê Pelicano (The Pelican Brief – 1993)
- Perigo Real e Imediato (Clear and Present Danger – 1994)
- Lendas da Paixão (Legends of the Fall – 1994)
- Coração Valente (Braveheart – 1995)
- Gasparzinho (Casper – 1995)
- Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo (Apollo 13 – 1995)
- Jumanji (Jumanji – 1995)
- Balto (Balto – 1995)
- Titanic (Titanic – 1997)
- Impacto Profundo (Deep Impact – 1998)
- A máscara do Zorro (The mask of Zorro – 1998)
- O Homem Bicentenário (Bicentennial Man – 1999)
Com o sucesso e a premiação, vem a premissa de que “em time que está vencendo, não se mexe”. Sendo assim, James Cameron chamou Horner para sua próxima super produção: Avatar. Definitivamente a fórmula de Cameron foi a mesma de Titanic: uma história simples, um visual incrível, um apoio técnico impecável. Porém o resultado não foi lá o mesmo. Apesar das várias indicações ao Oscar (9), levou apenas 3 (melhor direção de Arte, Melhor fotografia, melhores efeitos especiais). Em matéria de premiação e de vendas (a trilha sonora de Titanic é a mais vendida até hoje), Avatar não trouxe o mesmo resultado para Horner, mas está longe, muito longe de ser um resultado ruim. Sendo assim, com uma carreira bem consolidada, entre os filmes que Horner assinou na década de 2000 estão:
- Mar em Fúria (The Perfect Storm – 2000)
- O Grinch (How The Grinch Stole Christmas – 2000)
- Uma mente Brilhante (A Beautiful Mind – 2001)
- Tróia (Troy – 2004)
- A lenda do Zorro (The Legend of Zorro – 2005)
- O Menino do Pijama Listrado (The Boy in the Striped Pyjamas – 2008)
- Avatar (Avatar – 2009)

Alguns exemplos da trilhas de sua última década de carreira estão:
- Karatê Kid (The Karate Kid – 2010)
- O Espetacular Homem Aranha (The Amazing Spider Man – 2012)
A carreira de Horner, definitivamente foi excelente. Fato. E vou cometer uma injustiça. Afinal, quem sou eu para colocar defeito em uma carreira destas? Mas vou escrever algo que faria o falecido compositor me mandar para o inferno: Faltou a ele uma música na qual ao se “cantarolar” um trecho do tema nos remetemos diretamente ao filme. No meu conhecimento apenas dois compositores de trilhas fez isso, sendo eles John Williams (com a “Marcha Imperial” e o tema de “Indiana Jones”) e Nino Rota (com “The Godfather Waltz” ou “A valsa do Poderoso Chefão”). Mas isso é tema para outro artigo. O fato importante é a perda de um dos grandes de Hollywood e haverá um pouco menos de emoção nas salas de cinema.
Para encerrar, segue o maior sucesso de Horner.
https://youtu.be/FHG2oizTlpY
