ROCHA)S( #11 – “G L A U B E R I Z A R . É PRECISO”
“Acorda HUMANIDADEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE”
O grito de clamor do personagem clássico da cinematografia baiana e nacional, SUPEROUTRO (Bertrand Duarte), fruto insano da mente complexa e extraviada do CRIADOR (o cineasta Edgard Navarro) e da CRIATURA.
Após ver o filme e passear pelos canais de TV a cabo, estacionei no Canal Brasil.
Na tela, um documentário – que não recordo o nome – sobre o fatídico “Anos de Chumbo” da ditadura militar no Brasil, e o exílio de cantores, poetas, pensadores (em especial Gil e Caetano).
REVOLUÇÃO: mudança || transformação || evolução (viagem ao determinismo do século XIX) || ideologia || posição social || coragem
CENSURA: proibições || imposições || arbitrariedades || intolerância
“O singular da ARTE e os plurais do VETO”.
Ver os registros daquela época nefasta da nossa história me fez constatar que hoje as balas não são mais de chumbo, mas gatilhos ainda são apertados.
O passado ainda assombra e se faz presente.
Mas triste do que a censura de um governo ditatorial é quando a mordaça parte de nós mesmos.
Os primeiros que se mostram à favor da liberdade, de lutar por ela, muitas vezes caímos na armadilha do auto-boicote.
Temos repulsa ao carimbo vermelho de “censurado”, mas enclausuramos o roteiro, minimizamos a narrativa, e amordaçamos as personagens.
A juventude atual, mais preocupada em sustentar a embalagem estereotipada de uma persona fake, com o objetivo da auto-afirmação e promoção, destroem o poder de construção ideológica conquistado há anos atrás.
“O senso crítico, não é mais crítico e virou nonsense”.
A juventude revolucionária, realizadora e contestadora do mundo e de si mesmos, é coisa rara, escassa, e em breve deve se restringir apenas à um imaginário coletivo-individual.
A alma da revolução ao qual me refiro, não se limita a vestir uma camisa representativa, sair pelas ruas ostentando cartazes e cuspindo frases de efeitos sonoros previamente construídas. A essência é muito mais profunda. Começa em um maturação individual, passa por um processo de compreensão e formação de opinião, e se finda
na construção de uma identidade, de um senso crítico apurado e contestador.
Como Millôr (cacófago antropofágico), o melhor!, não tenho nenhum carinho pelos gramáticos. Desde os que enveredam-se pela docência aos que engessam a língua nas páginas ocas das gramáticas normativas.
Apesar da minha aversão à ela e à eles, nesse processo de imersão diária que mergulhei para encontrar a “VERDADE” do filme, criei um verbo e obriguei-me a conjugá-lo diariamente, não apenas no processo alvenérico do roteiro.
G L A U B E R I Z A R .
Verbo infinitivo, atemporal, conjugado de diferentes perspectivas.
GLAUBERIZAR, se faz necessário.
GLAUBERIZAR, é vital para a existência do CINEMA e do HOMEM.
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