Crítica – Vingadores: Era de Ultron
por Rodrigo Stucchi
Escrever sobre “Vingadores: Era de Ultron” é analisar um legado extenso, complexo, criativo e fantástico. Afinal, a Marvel Studios, desde o seu primeiro longa lançado em 2008 (Homem de Ferro), prepara cada história de seus personagens para convergirem numa grande produção chamada “Vingadores”. E já que o primeiro fez um tremendo sucesso, a maior dificuldade, como sempre, é como fazer com que a sequência supere a primeira. Por esta razão, deixemos um pouco as conexões sutis que a MARVEL sempre faz com seus filmes (anteriores e próximos) de lado para que este especificamente possa ser analisado de maneira assertiva.



Mais personagens vitais nesse filme (a meu ver): O Homem de Ferro voltou a ser engraçado, protagonista, líder e fundamental. Um dos melhores do filme, o que não é surpresa. Capitão América também assume seu papel de líder, mas parece mais um soldado seguindo ordens e valores pessoais que alguém que faça mesmo a diferença. A Feiticeira Escarlate é uma bruxa clássica! Suas aparições e seu papel no filme são bem mais importantes que a de seu irmão, Mercúrio, que é OK.

Senti falta: Thanos! Por que ele não aparece com mais presença, assim como apareceu em Guardiões da Galáxia? O cara não tem nenhuma conexão com Vingadores 2 (a não ser pela aparição das gemas do infinito), mas deveria. O Máquina de Combate até aparece, mas o Falcão é nulo, assim como os Agentes da SHIELD, principalmente o Diretor Phil Coulson, mesmo com a SHIELD tendo um papel importante na trama. Buck (o Soldado Invernal) também é esquecido, o que é uma pena, pois poderia gerar mais uma conexão com Guerra Civil.

Em suma, “Vingadores: Era de Ultron” pode não receber sequer uma estatueta, mas pelo menos deveria ser observado mais de perto pela Academia. Afinal, tirando pré-conceitos com relação a quadrinhos e super heróis, como pode ser ruim uma narrativa que expõe, com complexidade, mas usando palavras fáceis, claras e acessíveis ao grande público, noções de valores, formas de encarar o mundo e reflexões sobre qual o seu papel dentro dele? A “batalha mental” dos Novos Vingadores pode estar atravessando os limites da telona e invadindo as mentes abertas em cada poltrona do cinema. I hope so…
* Obs 1: O espaço “crítica” precisa estar amarrado com a análise do filme em questão. Tenho muito mais coisas para falar, sem dúvida. Portanto, novos posts sobre desdobramentos de “Vingadores: Era de Ultron” e sua relação com os novos filmes solos da MARVEL serão postados por mim em breve, sempre no Cinem(ação). Me aguardem!
* Obs 2: Durante os créditos, há uma cena extra. Depois dela, pode ir embora. Não precisa (passar raiva) e esperar todos os créditos terminarem.