Crítica: A Série Divergente: Insurgente
Antes de mais nada: esse texto contém spoilers!
Para quem assistiu e gostou de “Divergente” (Divergent, 2014) não aguarde a continuação com altas expectativas. A adaptação do segundo livro da trilogia escrita por Veronica Roth não está excepcional e deixa a desejar nos efeitos visuais.
O pequeno mundo, que antes estava dividido em cinco facções, agora está uma bagunça. Tris Prior (Shailene Woodley) e Quatro (Theo James) são dois divergentes fugitivos e procurados pela gananciosa Jeanine (Kate Winslet) para serem cobaias de um experimento onde somente um forte divergente poderá abrir uma caixa secreta e revelar uma mensagem dos antepassados. Enquanto tentam fugir de Jeanine, os dois pensam em um plano para matá-la e implantar a paz e a igualdade em sua sociedade, buscando aliados para isso. Além de tudo, precisam resistir ao irmão de Tris (Ansel Elgort) que fica ao lado de Jeanine, e ao antigo “companheiro” da Audácia, Peter (Miles Teller).
Para mim, a parte mais legal do filme foi o final: quando a mensagem é revelada e finalmente descobrimos que outras pessoas habitam o lado-de-lá da cerca. E que tudo não passava de um experimento! Todas as pessoas que viviam em suas facções (ou não) estavam apenas sendo testadas, e a importância dos divergentes, que antes eram considerados ameaças à sociedade, foi revelada como essencial para a sobrevivência da espécie. O resto do filme não passa de algumas cenas de ação, muitas vezes extremamente forçadas. Não sei dizer se as cenas são fiéis ao livro e se a história é contada da mesma maneira.
O cabelo de Tris, que antes era longo e ondulado, agora está bem curtinho, chamando bastante atenção no pôster de divulgação do filme. Achei que ficou legal, mas, mais uma vez, não sei dizer se a personagem no livro realmente deseja mudar o visual como a personagem no filme. Não há uma aproximação muito grande entre Tris e Quatro, e algumas situações chegam a ser artificiais. Embora a atuação de ambos os atores seja boa e convincente, achei a química entre os personagens fraca; o curioso é que a química entre eles era muito boa em “Divergente”.
E adivinhem quem está no elenco? Naomi Watts! Ela interpreta a mãe de Quatro, que se tornou sem-facção após fingir a própria morte na Abnegação para fugir do marido violento, Marcus. Mas seu papel é bastante secundário. Acho que iremos entender melhor no final da trilogia.
“A Série Divergente: Insurgente” (Insurgent, 2015) foi dirigido por Robert Schwentke, tirando Neil Burger da cadeira de direção da trilogia. Como já citei, os efeitos visuais são fracos. É realmente uma pena, pois esse seria o grande aspecto chamativo do filme. Assisti em 3D e não percebi diferença alguma (mas sou suspeita, pois não gosto de ver filme em 3D).
Para quem conhece a trilogia, acho necessário assistir a esse filme. Mas não espere muito. A produção não é das melhores, a história não é envolvente e temos alguns furos no roteiro. Mas confesso que me deixou curiosa para saber como termina.