Crítica: Terceira Pessoa
Terceira Pessoa é um romance – só que não – dirigido por Paul Higgis e estrelado por diversos atores conhecidos do público como Liam Neeson (trilogia Busca Implacável), Olivia Wilde (a Thirteen da série House), Mila Kunis (Ted), James Franco (127 horas), Adrien Brody (Predadores) entre outros.
O filme é vendido como sendo um romance nos moldes de “Simplesmente Amor“, onde várias histórias paralelas se encontram no final, sendo esse um dos muitos problemas do filme. Na realidade, as três histórias tem poucos elementos de romance, sendo que se o filme fosse descrito como um drama, se encaixaria um pouco melhor, e essa indecisão já é um ponto negativo para a película.
As três histórias se passam nas cidades de Nova York, Paris e Roma, as cidades dos sonhos de Woody Allen, e seus cenários são belos e facilmente situam o espectador em cada uma delas. O problema é que os cidadãos foram demonstrados de forma completamente estereotipada, sendo os italianos tratados como grosseiros e estúpidos.
As histórias simplesmente não cativam o espectador e sua duração de 2 horas e 17 minutos deixa o filme mais maçante e entediante ainda, sem dúvida 90 minutinhos seriam o suficiente para contar a história mostrada.
Com relação a atuação Liam Neeson, sem dúvida é o melhor em tela, não que seu trabalho seja espetacular, mas pelo menos é o personagem que tem um maior aprofundamento, e também é necessário destacar a atuação da Olivia Wilde, que chega a ter mudanças físicas interessantes no decorrer do filme, mas a cena mais forte e impactante é vivida através de um conflito entre os personagens de Mila Kunis e James Franco.
Terceira Pessoa é um filme que tenta se impor como um dos diversos filmes do gênero, mas que acaba passando despercebido com o seu roteiro fraco e cheio de furos.