Jared Leto, comparações, e ousadia
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Jared Leto, comparações, e ousadia

Há alguns dias, o ator Jared Leto publicou em seu Instagram uma foto com cabelos curtos. Após aparecer no Oscar parecido com Jesus de cabelos longos, a imagem chamou a atenção de muitos. Afinal, ele começa a gravar “Esquadrão Suicida” em abril, e seu papel de Coringa certamente exige um novo visual. Resta saber se os cabelos do personagem ficarão verdes ou permanecerão descoloridos.

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No longa que mostra os vilões e anti-heróis da DC, estão Jai Courtney, Will Smith, Margot Robbie, entre outros. Muito provavelmente os filmes da DC devem tomar um rumo mais obscuro que os da Marvel.

Sobre este assunto, o CEO da Warner, Kevin Tsujihara, disse que os longas da DC são mais ousados que os da concorrência. É claro que ele é suspeito para falar, mas de fato a DC tende a fazer obras menos “coloridas” que a Marvel, o que é uma boa ideia, já que não seria muito legal parecer que estão copiando dos principais concorrentes, especialmente porque a Warner encontra-se “atrasada” em relação à Disney.

DC_ComicsNo entanto, o conceito de “atrasada” sugere algo errado, como se houvesse algum tipo de corrida a ser apostada entre os estúdios, e como se eles fossem obrigados a seguir os mesmos rumos uns dos outros. De fato, há uma grande concorrência, afinal os ganho$ de um e$túdio $simbolizam perda para o outro, e vice-ver$a. Mesmo assim, acredito que seja um erro dizer que todos precisam seguir a mesma cartilha. A Marvel, por exemplo, decidiu colocar todos os produtos num mesmo universo expandido, mesclando TV e Cinema – já existem boatos/ideias de que Jeremy Renner estará presente na série “MARVEL – Agents of Shield”. A DC, por outro lado, optou por separar o universo televisivo do cinematográfico. Se há alguma perda na “riqueza” das relações entre os personagens, os riscos de se cometer cagadas erros de continuidade e coerência são bem menores.

Em contrapartida, há um erro em ficar comparando os dois estúdios. São concorrentes que criam um mesmo processo no cinema e no entretenimento dos dias de hoje, mas temos visto que os produtos são muito diferentes. A trilogia do Batman dirigida por Christopher Nolan, por exemplo, tem elementos realistas muito mais contundentes que os ‘marvelísticos’ “Homem de Ferro” e “Thor”, por exemplo. No que diz respeito a questões autorais, por exemplo, conseguimos ver que tanto Nolan quanto Zack Snyder são diretores muito mais autorais que os irmãos Russo ou Joss Whedon. David Ayer, que dirige o Esquadrão, também tem características de autor, e deve ter liberdade para mostrá-las em seus filmes.

Desta forma, Tsujihara está certo quando diz que a DC é mais ousada. Talvez não agrade tanto aos geeks, e talvez não ganhe tanto dinheiro quanto a Marvel, mas é a que mais tem chances de agradar aos críticos. Vale lembrar que, dos filmes de super-herói mais recentes, quem ganhou o Oscar foi Heath Ledger (postumamente) como ator coadjuvante por “Batman: O Cavaleiro das Trevas”.

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Recentemente, muito se falou sobre as piadas no Oscar 2015 que se referiam aos filmes de super-heróis, como se a academia os criticasse. Embora tenha sido uma piada, e mesmo que ninguém seja burro em negar que estes blockbusters são importantes para a manutenção da indústria de Hollywood, sabemos que há um certo ranço entre os membros da academia e as grandes bilheterias destes longas.

Se há algum estúdio capaz de quebrar este “climão”, a DC tem mais chances de sê-lo do que a Marvel… pelo menos se levarmos em conta o que vem sendo produzido por elas.

“Vingadores: Era de Ultron”, da Marvel, estreia no Brasil dia 23 de abril, e “Batman V Superman: Dawn of Justice”, da DC, chega aos cinemas quase um ano depois, em 24 de março de 2016.

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