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Crítica: Kingsman – Serviço Secreto

“Kingsman – Serviço Secreto” é um excelente e elegante filme de ação, e isso é devido a diversos elementos corretos sincronizados com precisão britânica.

Para começar o filme é baseado em uma série de quadrinhos lançada em 2012 e escrita por Mark Millar, o criador do “Kick-Ass”, que já rendeu dois filmes e que também é uma prova de que Millar tem um monte de personagens e histórias fenomenais a serem contadas.

Agora a adaptação para os cinemas de “Kingsman – Serviço Secreto” o primeiro grande acerto é a escolha do diretor Matthew Vaugh responsável pelo excelente “X-Men: Primeira Classe”, que mostra o dom do diretor de contar uma história de origem e de turmas de pessoas espetaculares em andamento.

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O outro alicerce são os atores, com os grandes destaques para Colin Firth, com o seu tradicional lord inglês, mas também surpreendendo ao público ao mostrar que manda muito bem nos filmes de ação.

Outro destaque é Samuel L. Jackson, “o cara mais cool do mundo” e que traz um vilão peculiar que lembra muito os vilões megalomaníacos dos filmes do 007 e que parece trazer a tela uma evolução do vilão criado para o filme “Corpo Fechado”.

Falando no vilão, Richmond Valentine (Samuel L. Jackson), tem como seu braço direito uma personagem que mais parece saída diretamente de “Kill Bill” ou de qualquer filme do Quentin Tarantino ou Robert Rodriguez, Gazelle (a argentina Sofia Boutella) uma excepcional lutadora que não tem as pernas, mas usa duas lâminas no lugar delas, e isso  a deixa fodona demais, sem dúvida, causando as melhores mortes do filme.

Ainda no elenco temos o personagem principal Eggsy (Taron Egerton) e também os sempre bons Michael Cane e Mark Strong, o último aliás que já participou de outra adaptação dos quadrinhos de Millar ao interpretar o vilão do primeiro Kick-Ass.

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A trilha sonora é recheada de rock e músicas pop entrelaçadas com cenas de ação de tirar o folego, exatamente como foi o primeiro Kick-Ass. Mas as grandes homenagens realmente são para os filmes antigos de espionagem, principalmente os filmes antigos do 007, com seus planos vilanescos e fugas esdruxulas.

Com diversas referências a cultura pop, e até uma breve participação do Mark Hamill, há muito sumido das telas do cinema e agora muito aguardado por conta do novo Star Wars, então em certo momento quando Arthur pergunta o motivo do nome do pug do herói Egssy ser JB, ele tenta acertar com ideias de agentes secretos como James Bond e Jason Bourne e é muito bom ouvir como resposta um direto Jack Bauer como sendo a real motivação.

Kingsman é o nome de uma agência secreta, e que terá que treinar novos recrutas, então podemos esperar diversos treinamentos o que lembra e muito Homens de Preto. Kingsman também são os homens do Rei, mas não um rei qualquer, mas sim o rei Arthur e seus cavaleiros da távola redonda. Então ver os membros do grupo com tendo codinomes como Arthur, Merlin, Lancelot e Galahad é só mais uma das muitas homenagens a cultura inglesa.

“Kingsman – Serviço Secreto” sem dúvida é um imperdível filme de ação que também é uma forma muito boa de homenagear os filmes de espionagem com gadgets absurdos que só o cinema pode trazer.

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