Crítica: Mensagem para Você
Aqui estou eu para falar de um filme relativamente antigo (1998) que peguei para assistir somente esses dias. Considerado um clássico com Tom Hanks e Meg Ryan, “Mensagem para você” (You’ve Got Mail) faz parte dos filmes obrigatórios para quem é fã de comédias românticas. Se você gosta desse gênero e ainda não assistiu, por favor, veja.
Joe Fox (Hanks) e Kathleen Kelly (Ryan) são rivais quando o assunto é trabalho, visto que Kathleen possui uma pequena livraria infantil em NY chamada “Loja da Esquina”, e Joe é o proprietário de uma grande livraria que será inaugurada na mesma região da livraria de Kathleen. Assim, a mega-loja de Joe Fox pode levar a Loja da Esquina à falência. Porém, o que os dois não sabem, é que eles se adoram no mundo virtual. NY152 e Shopgirl são seus nicknames nos bate-papos virtuais (lembram quando isso existia?) e os dois se correspondem com e-mails diários sobre os seus medos e desejos, mesmo que ambos estejam envolvidos com outras pessoas. Tudo vai bem, até que eles decidem se conhecer. Joe acaba descobrindo que Kathleen é a Shopgirl, mas não diz nada para ela, e até o final do filme muitas cenas vão rolar.
“Mensagem para Você” é uma comédia romântica que cumpre todos os pré-requisitos básicos de um filme desse tipo. Gosto de filmes que me surpreendem, mas entendo que a maioria das comédias românticas não buscam esse objetivo. O final é clichê e completamente previsível, como muitos filmes desse gênero, e não há um elemento surpresa. É um filme bem leve e bonitinho, então é gostoso de ser assistido depois de um longo dia de trabalho, quando você não tem cabeça para pensar em mais nada.
Tom Hanks e Meg Ryan atuam de forma bem convincente, como em outros filmes que já trabalharam juntos (“Sintonia de Amor”, 1993). Nora Ephron (“Julie & Julia”, “Sintonia de Amor”) dirigiu o filme levemente, como eu já disse, e sem grandes surpresas. Acho legal que nos filmes de Ephron não vemos algumas cenas mais fortes como em outras comédias românticas. Ela prefere dar atenção ao desenvolvimento do diálogo dos personagens. Apesar do final clichê, achei bem interessante os elementos da história, como a comunicação dos personagens por e-mails em uma época em que não possuíamos rede wireless ou 3G, e como é possível surgir um relacionamento a partir dessa comunicação. E como sabemos, esse tipo de relacionamento virtual permanece até os dias de hoje, mesmo que por outros meios.
A trilha sonora é bem legal e vale a pena dar uma procurada! A fotografia do filme também bonita, com a história acontecendo no Upper West Side em Manhattan. E o melhor são as cenas no Natal, quando está nevando e os ambientes estão iluminados. Acho que todo filme fica mais bonito quando tem o Natal no meio.
Em resumo, é um bom filme. Bonito, cativante, mas sem surpresas. Do início ao final você já sabe o que vai acontecer, mas sempre teremos filmes que são previsíveis, certo? Assistam em uma tarde chuvosa, depois de um dia de trabalho ou quando não estiverem a fim de ver um filme que exige muito do seu pensamento.