Crítica - Philomena
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Crítica – Philomena

Baseado no livro “The Lost Child of Philomena Lee”, “Philomena” (Philomena) é um filme britânico lançado em 2013, e conta a história real de uma mãe em busca de seu filho. Dirigido por Stephen Frears (“A Rainha”, 2006), o longa conta com dois protagonistas: Philomena Lee (Judi Dench) e o jornalista Martin Sixsmith (Steve Coogan, que também é o roteirista e produtor do filme).

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Em 1951, a jovem Philomena grávida é enviada a um convento na Irlanda pelo seu pai. Após o nascimento de seu filho Anthony, ela deve trabalhar no convento para pagar a sua estadia, realizando os trabalhos mais árduos. Philomena e as outras moças que deram à luz possuem o direito de ficar com seus filhos durante uma hora por dia. Porém, sem aviso prévio, as freiras entregam o filho de Philomena a um casal que desejava adotar uma criança. Triste e com sentimento de culpa, Philomena guarda esse segredo durante 50 anos, até que decide conseguir ajuda para procurar seu filho. Assim, sua filha entra em contato com o recém-demitido jornalista Martin, que primeiramente nega o pedido de ajuda, mas depois cede à senhora. Philomena e Martin partem em uma busca extensa por Anthony, e, no convento, as freiras dizem que não podem ajudá-los na busca, pois todos os arquivos foram queimados em um incêndio. Então, sem ajuda, os dois estão sozinhos nessa estrada.

A história é emocionante. As atuações são impecáveis. Dench consegue transmitir o desespero de uma mãe em busca de seu filho, e a vontade de livrar-se da culpa que a acompanha por 50 anos. Ela consegue exibir a personalidade forte que Philomena possui e seu positivismo, mesmo sendo considerada uma pecadora. Apesar dos momentos de fraqueza que Philomena possui, ela não se deixa abalar pelo julgamento dos outros. Além disso, mesmo sendo católica, Philomena aceita algumas idéias difíceis de serem toleradas pela Igreja. Essa mulher representa um exemplo para muitas pessoas nos dias de hoje. Coogan interpreta um homem que não se conforma com a injustiça que o rodeia. Do começo ao fim, o jornalista Martin apresenta uma aspiração de implantar a justiça. E, por não conseguir, sente-se frustrado e decepcionado com o mundo em que vive.

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Embora a história esteja recheada de momentos tristes, a trilha sonora deixa o filme com um tom suave. Não há cenas desnecessárias em momento algum, e acredito que o diretor tenha conseguido passar para as telas a essência dessa trajetória. Temos até mesmo a presença de alguns momentos cômicos para balancear os momentos mais tocantes, marcados por uma Philomena divertida.

O filme foi indicado a quatro Oscars (Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Trilha Sonora e Melhor Roteiro Adaptado), mas não levou nenhum. De todo modo, é um filme único que merece ser apreciado. Frears conseguiu criar uma obra marcante e ilustre, que representa uma lição de vida para muitas pessoas.

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