Crítica – O Juiz
O filme “O Juiz” é um drama familiar e com pano de fundo forense baseado na obra de mesmo nome do escritor John Grisham, um referencial excelente para livros sobre casos jurídicos e interação familiar.
Aliás essa interação familiar é uma fórmula que funciona muito bem nos cinemas, principalmente quando a temática é de reencontros de família, e talvez até mesmo um clichê já batido, isso ocorre em velórios (ou em casamento).
O filme dirigido por Dave Dobkin tem enfoque na família Palmer, liderada pelo Juiz Joseph Palmer (Robert Duvall) o juiz da cidadezinha de Carlinville no estado de Indiana, e seu tumultuado conturbado com seus filhos especialmente seu filho do meio, Henry Palmer (Robert Downey Jr.).
O elenco e sua atuação são o charme do filme, Robert Duvall encara a figura paterna, durona, o exemplo de boa-conduta e ética em uma sociedade que “não liga para essas coisas”, e que trata os filhos com punho de ferro mas começa a sentir o peso da velhice.
Robert Downey Jr. entrou para aquele grupo de atores que ficam marcados por seus personagens, no caso, não dá para não olhar para o advogado bem sucedido e cheio de artimanhas Henry Palmer e não pensar no bilionário Tony Stark da franquia Homem de Ferro.
O filme acaba tratando também de um caso jurídico, estilo filmes de tribuna (no melhor estilo “12 Homens e uma Sentença”), mas o veredito final positivo considerando os excelentes diálogos e como dito antes a interação entre os personagens.
O filme ainda possui cenários belíssimos típicos da região retratada e mostra de forma simples mas profunda o relacionamento entre pai e filho.