Crítica: Seven - Os Sete Crimes Capitais
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Crítica: Seven – Os Sete Crimes Capitais

Wanting people to listen, you can’t just tap them on the shoulder anymore. You have to hit them with a sledgehammer, and then you’ll notice you’ve got their strict attention.” – John Doe

Por diversos motivos, demorei muito tempo para assistir a esse filme. Mas faz pouco tempo que resolvi ver, e não me arrependi. Mesmo sendo um filme relativamente antigo (1995, quase 20 anos), resolvi escrever sobre.

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David Mills (Brad Pitt) é um policial jovem que chega a uma nova cidade, com a sua mulher Tracy Mills (Gwyneth Paltrow). No seu trabalho, encontra William Somerset (Morgan Freeman), um policial muito mais experiente e beirando a aposentadoria. Os dois devem trabalhar juntos para caçar um serial killer que é um tanto curioso: ele mata as pessoas seguindo os 7 pecados capitais. E essa é a trama da história.

Mills e Somerset não se entendem logo de cara. E, além disso, eles estão sempre a um passo atrás do assassino, o que deixa a história bem tensa. Percebemos que Mills possui um temperamento completamente explosivo, e Somerset sempre tenta segurar essas explosões, até o último minuto do filme. O psicopata John Doe (Kevin Spacey), querendo dar o seu recado para o mundo através dos 7 assassinatos, deixa claro que a história não é “tão simples” assim. A maior lição ainda está por vir, o que nos deixa na maior expectativa. Temos um pecado em especial que vai chocar a todos, tanto personagens quanto espectadores. Embora reconhecido como serial killer, Doe aparece calmo durante todo o tempo, e Spacey deu ao personagem uma personalidade muito bem característica. Sabemos que o psicopata mostrará algo de maneira gloriosa, e isso ele não deixa a desejar.

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E o diretor? Sendo o segundo filme dirigido por David Fincher (“O Clube da Luta”, “Alien 3”, “O Curioso Caso de Benjamin Button”), é difícil acreditar que ele conseguiu realizar uma obra de arte. Apesar dos assassinatos realizados por Doe, não vemos como todos eles acontecem, mas imaginamos pela narração de Mills e Somerset, e até parece que presenciamos os mesmos. Tanto que eu não percebi que não havia assistido aos assassinatos durante o filme. Eles são extremamente agoniantes, sentimento passado aos espectadores pelos próprios personagens. Tudo é pensado com extremo cuidado, e cada detalhe é importante. O roteiro ficou nas mãos de Andrew Kevin Walker, que, curiosamente, representou o primeiro cadáver mostrado em cena.

A fotografia do longa transmite uma atmosfera densa e escura, adaptando-se ao roteiro. Pitt e Freeman, espetaculares como sempre, cumprem seus respectivos papéis com louvor. A atuação de Paltrow nunca me desceu muito bem, mas como ela é apresentada apenas como um personagem secundário, não me incomodou nem um pouco. O mais importante, que é o sentimento de Mills pela mulher, é validado por Pitt de forma convincente.

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Não tenho reclamações. Tudo no filme trabalha em perfeita harmonia, nos conduzindo ao grand finale! É uma verdadeira obra-prima, que um dia estará na minha estante de DVDs.

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