5 Batalhas Medievais
por Rodrigo Stucchi
Que tal começar a semana (re)vendo filmes sobre a Idade Média, a Era Medieval? Sem dúvida, em universos diferentemente retratados, vamos vivenciar grandes histórias, emocionar-se com personagens interessantes e cativantes, nos entreter com cenas de ação e efeitos especiais incríveis e acompanhar grandes batalhas. É hora de reclinar o encosto de sua poltrona favorita e reservar parte de suas noites às seguintes dicas. O bicho vai pegar!
1- Gladiador (Gladiator: 2000)
Nos últimos dias do reinado de Marcus Aurelius (Richard Harris), o César surpreende ao escolher Maximus (Russell Crowe), o comandante do exército romano, como seu sucessor ao trono. Sedento pelo poder, seu filho Commodus (Joaquin Phoenix) mata o imperador, assume a coroa e ordena a morte de Maximus, que consegue fugir antes de ser pego e passar a se esconder sob a identidade de um escravo e gladiador do Império Romano. Em meio a tantos filmes que retratam Histórias Medievais, Gladiador possui uma narrativa diferente e estruturada na Jornada do Herói. O filme recebeu 12 indicações ao Oscar e venceu em 5 categorias: Figurino, Som, Efeitos Especiais, o primeiro Oscar de Melhor Ator a Russell Crowe e, é claro, Melhor Filme. Ganhou mais 2 Globos de Ouro (5 indicações) e 4 BAFTAs (11 indicações). Gladiador é um dos filmes mais famosos do gênero e você pode ter assistido, até mais de uma vez. Porém, permita-se assistir novamente, prestando atenção nos detalhes e no desenvolvimento da psiquê dos personagens. Talvez você ainda se surpreenda.
2- Coração Valente (Braveheart: 1995)
No século XIII, soldados ingleses matam a mulher de um simples escocês chamado William Wallace (Mel Gibson). Para vingar a amada, ele resolve liderar seu povo em uma luta contra o cruel Rei inglês Edward I (Patrick McGoohan). Com a ajuda de Robert e Bruce, ele vai deflagrar uma violenta batalha com o objetivo de conduzir a Escócia a conquistar sua tão sonhada liberdade. Dirigido e estrelado por Mel Gibson, o filme tem o mesmo estilo de Gladiador. Não foi à toa que o diretor de Gladiador, Ridley Scott ofereceu o papel de Maximus primeiro a Gibson, que só recusou porque reconheceu a semelhança dos temas. Mas as coincidências não acabam aí. Coração Valente também arrematou 5 Oscars, mas em 10 indicações: Maquiagem, Fotografia, Edição de Som, além dos dois Oscars a Mel Gibson, Melhor Diretor e Melhor Filme. Levou também um Globo de Ouro (4 indicações) e 3 BAFTAs (7 indicações). Como opinião bem pessoal, não entendo os critérios da “Academia” para escolher seus indicados. Afinal, como Mel Gibson não foi sequer indicado ao prêmio de Melhor Ator? Enfim, quem não viu esse verdadeiro épico é obrigado a ver! E, por favor, vejam se Gibson não merecia também a estatueta por sua atuação como personagem principal desta incrível história.
3- Rei Arthur (King Arthur: 2004)
Arthur (Clive Owen) é um líder relutante, que deseja deixar a Bretanha e retornar a Roma para viver em paz. Porém, antes que possa realizar esta viagem, ele parte em missão ao lado dos Cavaleiros da Távola Redonda, formado por Lancelot (Ioan Gruffudd), Galahad (Hugh Dancy), Bors (Ray Winstone), Tristan (Mads Mikkelsen) e Gawain (Joel Edgerton). Nesta missão Arthur toma consciência de que, quando Roma cair, a Bretanha precisará de alguém que guie a ilha aos novos tempos e a defenda das ameaças externas. Com a orientação de Merlin (Stephen Dillane) e o apoio da corajosa Guinevere (Keira Knightley) ao seu lado, Arthur decide permanecer no país para liderá-lo. Nos últimos anos o cinema tem reproduzido histórias conhecidas pelo grande público de maneira diferente, às vezes até muito alternativa. Quem quiser ver uma nova leitura do que teria sido o famoso Rei Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda, deve gostar. O filme tem muita ação e efeitos especiais, o que garantem a qualidade do filme, apesar da história em si não ser das melhores.
4- Robin Hood (2010)
Robin Longstride (Russell Crowe) integra o exército do rei Ricardo Coração de Leão (Danny Huston), que está em plenas cruzadas. Após a morte do rei, ele consegue escapar juntamente com alguns companheiros. Em sua tentativa de fuga eles encontram Sir Robert Loxley (Douglas Hodge), que tinha por missão levar a coroa do rei a Londres. Loxley foi atacado por Godfrey (Mark Strong), um inglês que serve secretamente aos interesses do rei Filipe, da França. À beira da morte, Loxley pede a Robin que entregue a seu pai uma espada tradicional da família. Ele aceita a missão e, vestido como se fosse um cavaleiro real, parte para Londres. Após entregar a coroa ao príncipe João (Oscar Isaac), que é nomeado rei, Robin parte para Nottingham. Lá conhece Sir Walter (Max von Sydow) e Marion (Cate Blanchett), respectivamente pai e esposa de Loxley. A exemplo de Gladiador, esta é mais uma parceria do diretor Ridley Scott com Russell Crowe. O resultado é mais uma superprodução! Robin Hood pode ser um personagem óbvio, já retratado no cinema uma porção de vezes. Porém, nesta releitura o espectador não deve deixar de ser surpreendido. De todos os filmes que já abordaram a vida desse folclórico “defensor dos fracos e oprimidos”, esta trama é a que mais tenta se aproximar de um universo, digamos, mais realista. E vamos admitir: não dá para pensar em filmes sobre a Era Medieval sem lembrar de Robin Hood… concorda?
5- A Última Legião (The Last Legion: 2007)
Roma, 476 D.C. No dia da cerimônia de coroação do novo imperador Romulus Augustus (Thomas Sangster), de apenas 12 anos, o general bárbaro Odoacer (Peter Mullan) chega a Roma para fazer um acordo com Orestes (Iain Glen), pai de Romulus. Odoacer exige uma recompensa por seu apoio ao império por várias décadas, mas Orestes recusa o acordo. Preocupado com a segurança do filho e com a previsão do xamã Ambrosinus (Ben Kingsley), Orestes coloca Aurelius (Colin Firth), da Quarta Legião, como guarda pessoal do garoto. Naquela mesma noite Odoacer e sua tropa invadem Roma, matando Orestes e capturando Romulus e Ambrosinus, que são levados para a ilha-fortaleza de Capri. No local Romulus encontra a espada mitológica de César, que passa a usar. Paralelamente Aurelius reúne um pequeno exército e parte para resgatar Romulus. A última dica não pode ser a menos importante! Ao contrário de Rei Arthur, A Última Legião possui um bom roteiro e uma história excelente! Assim, o filme não fica refém dos efeitos especiais. Nem poderia. Com um orçamento bem menor que as outras indicações desse post (apenas U$ 67 milhões), o filme foca nas boas atuações dos personagens principais e secundários. Os cenários também são maravilhosos, bem como a fotografia da película. E o principal: sai um pouco das histórias óbvias e manjadas de personagens já muito batidos, conhecidos e retratados várias vezes no cinema, sem deixar de retratar a Idade Média. Vale a pena assistir também!
Semana que vem, mais filmes sobre grandes batalhas! Comente e aguarde!