Crítica: A Grande Virada
E aí galera, vamos falar de cinema?! Pois bem, sou um dos novos colunistas do site, fui escolhido na seleção que ocorreu no final do mês de junho e chego para contar minhas experiências e dar minhas opiniões sobre a sétima arte. Como eu estudo Administração, resolvi começar com uma crítica sobre um filme do tema: “A Grande Virada”. Espero que gostem e curtam, Comentem, Compartilhem e critiquem também! Boa Leitura!
CRÍTICA
Tem alguns filmes que acabam refletindo nas telas a carreira do seu diretor ou de seus atores. “A Grande Virada” acaba sendo um desses exemplos. John Wells senta na cadeira de direção pela primeira vez para comandar um filme o qual acaba mostrando os seus altos e baixos de sua carreira como produtor. Uma montanha-russa não tão alta assim, mas que apresenta tantos tropeços e acertos
como o próprio Wells durante toda sua carreira.
O longa conta a história de um ano da vida de três homens: Ben Affleck (Bobby Walker), Tommy Lee Jones (Gene MacClary) e Chris Cooper (Phil Woodward). Os quais tentam sobreviver dentro de uma empresa que está cortando seus funcionários em plena crise econômica que afetou os Estados Unidos da América em 2008.
O seu ponto alto com certeza é o elenco experiente, que além dos citados ainda tem Maria Belo e Kevin Costner. No inicio tudo se parece com um filme catástrofe, jornais noticiando quebra de bolsas de valores, empresas acompanhando noticiários, corre corre, pessoas sendo demitidas, etc. É aí que somos apresentados a Bobby Walker, um executivo de vendas, que recebe sua carta de demissão já nos primeiros minutos. A partir daí, ele tenta se adaptar a sua nova vida de desempregado e a largar mão da maioria das coisas que tinha conquistado até aquele momento da sua vida.
John Wells tenta fazer uma crítica aos padrões de vida dos americanos a partir da crise que se instalou no país. Quando o personagem de Affleck vai acumulando suas frustrações em tentar conseguir outro emprego e com isso começa a se desapegar de seus bens, o diretor mostra o apego material que o americano tem, o status que ele tenta manter mesmo estando quebrado e até onde ele vai para não perder mão de tudo isso. Além de Walker, Gene MacClary e Phil Woodward também são demitidos da mesma empresa. E cada personagem reage de uma forma diferente, sendo que o primeiro tenta a volta por cima, o segundo se aposenta e o terceiro é o que não aceita a sua situação e tenta reaver o que é seu de todo jeito.
Para quem procura um drama sem muita pretensão ou reviravoltas, “A Grande Virada” é uma boa opção para se assistir num domingo a tarde. O filme não fez muito sucesso lá fora e aqui no Brasil foi lançado diretamente em DVD. Faltou mais humanização na hora de construir os personagens. Affleck parece apático e com cara de “não vejo a hora de terminar essas filmagens”, Cooper é esforçado, mas o seu personagem também não ajuda, com falas curtas e forçadas para parecer o mais desesperado dos três. Já Tommy Lee Jones é a grande cartada do filme, seu personagem é o mais interessante e o melhor interpretado, além de que seu par, Maria Belo, também ter uma boa atuação, e acabam salvando o filme.
“A Grande Virada” retrata uma época de que muitas pessoas não esquecerão tão cedo, no entanto, não podemos falar o mesmo do filme.