Marvel vs DC: Snyder fala sobre a competição dos estúdios
Como muitos estão sabendo, a Warner Bros/DC e a Disney/Marvel devem se enfrentar diretamente no dia 6 de maio de 2016, quando os dois estúdios devem lançar o aguardado “Batman vs Superman” e “Capitão América 3” (ou outro da terceira fase da franquia). No entanto, os dois estúdios devem entrar, a partir de agora, em uma competição de “quem pede pra sair primeiro”. Afinal, não seria nada vantajoso para nenhum dos estúdios lançar um filme com um concorrente à altura – os dois sairiam perdendo em bilheteria, quantidade de salas 3D e IMax, além dos espaços publicitários.
Embora a Marvel tenha declarado que não pretende mudar a data para o lançamento do terceiro “Capitão América”, é possível que ela mude a data. Caso contrário, dificilmente a DC/Warner faria o mesmo.
O fato é que estamos presenciando uma disputa bastante acirrada entre os dois estúdios, mesmo que os profissionais envolvidos insistam em ser “políticos”. Em entrevista à Forbes, Zack Snyder (diretor de “Homem de Aço” que dirigirá a batalha entre Batman e Superman) falou sobre a competição, amenizando a disputa:
“Olha, eu sou fã dos filmes da Marvel… e uma coisa que é maravilhosa é que nós fazemos filmes diferentes. Temos produtos diferentes deles, mesmo que ambos existam em mundos de super-heróis, o que é ótimo. Acho que estas são as boas oportunidades: é o que você consegue dos filmes, a oportunidade de ir para todos esses mundos diferentes. E eu estou interessado em acompanhar o Universo Marvel como qualquer um. Então eu não acho que haja, do meu ponto de vista, qualquer hostilidade ou algo desta natureza. Estamos todos nesta grande indústria juntos, e esperamos que as pessoas se interessem pelas aventuras que colocamos na tela. Acho que isso é contagioso, e na semana seguinte [após ver o filme] você diz algo como ‘Sabe de uma coisa? Vamos fazer isso de novo, pois foi incrível. Vimos um filme legal, vamos fazer um outro filme legal'”.
Ao falar sobre a pressão e os desafios de trazer o Superman para o “mundo real”, Snyder afirmou que se surpreendeu com o fato de a maioria dos fãs se basear no “homem de aço” eternizado por Christopher Reeve, e não pelos 75 anos de quadrinhos publicados.
“Eu acho que com o Superman a gente tem a oportunidade de colocar este ícone dentro de um tipo de mundo real no qual vivemos (…). Se você analisa a versão dos quadrinhos do Superman, ele já matou e fez muitas outras coisas – acho que as regras que as pessoas associam ao Superman no filme não são as que aplicam nas HQs. É engraçado ver pessoas levando para o lado pessoal… porque eu o fiz real, sabe, eu o fiz sentir e criei consequências para o mundo. Senti que foi a mesma coisa com Watchmen. Queríamos mostrar que não era como eles pensavam, como as versões liberadas para crianças que todos veem e tá tudo bem. Eu queria mostrar que a violência é real, pessoas morrem ou se machucam, e não é engraçado. E eu queria um herói em Superman que fosse real e refletisse o mundo que vivemos agora”.
O jeito agora é ver como os estúdios vão fazer para lançar seus próximos filmes de heróis. Para nós, vai ser no mínimo divertido.