Crítica: A Menina que Roubava Livros
por Rodrigo Stucchi

O roteiro é incrível. Fiel ao livro de mesmo nome, um best-seller do escritor australiano Markus Zusac, a história é focada na vida de Liesel Meminger (Sophie Nélisse), uma jovem filha de mãe comunista que sofreu com o regime alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Dentre tantas obras que retratam o drama das famílias nas guerras, esta mostra a visão dos próprios alemães, como viviam, o que pensavam e como enfrentavam o nazismo. Nesta, o foco é mostrar como a protagonista (e os alemães) tentam preservar sua cultura em meio a imposição de Hitler de destruir livros e toda forma de arte.

Pontos fortes do filme: A atuação dos personagens principais é muito boa. Afinal, não é fácil ser sutil e leve em tempos de guerra. Atuar com essa naturalidade, menos ainda. Os figurinos, cenários, paisagens, também são de primeira qualidade. O roteiro ajuda demais e, quando explorado, detalhes como a invenção de palavras por parte de Liesel, a forma com que ela “roubava” os livros, seu jeito todo especial de ver o mundo e retratá-lo com poesia, são os pontos altos da película. O filme não apela para cenas de violência excessiva, mutilação, entre outras barbáries, mesmo nos momentos mais fortes.

