“O Homem das Multidões” será exibido dia 10 de fevereiro no Festival de Berlim 2014
“O Homem das Multidões”, parceria do mineiro Cao Guimarães com o pernambucano Marcelo Gomes, fará sua estréia fora do Brasil na seção Panorama do Festival de Berlim 2014, que acontece de 06 a 16 de fevereiro. Os dois diretores já participaram dos principais festivais cinema, como Cannes, Veneza, Toronto, Locarno, San Sebastian, com outros títulos. Agora é a vez de Berlim apresentar a mais recente produção da dupla.
O filme é uma coprodução entre Minas Gerais e Pernambuco e foi todo realizado em locações no centro de Belo Horizonte (MG). Resultado de quase sete anos de trabalho, O Homem das Multidões marca o oitavo longa-metragem assinado por Cao e o quarto título por Marcelo. Ambos foram premiados com o Redentor de Melhor Direção, na Première Brasil, do Festival do Rio 2013.
Produzido por Beto Magalhães, da Cinco em Ponto e João Viera Jr, da REC Produtores, o longa-metragem tem a Figa Films como agente internacional de vendas e será distribuído no Brasil pela Espaço Filmes, com previsão de estréia para 02 de maio.
“O Homem das Multidões” é livremente inspirado no conto The man of the crowd, do escritor norte-americano Edgar Allan Poe e conta a história de Juvenal, um maquinista de metrô em Belo Horizonte, e Margô, que controla o fluxo dos trens. Ambos vivem em um estado de profunda solidão – cada um à sua maneira. O filme é uma reflexão sobre diferentes formas de solidão e amizade no universo urbano brasileiro.
Para narrar visualmente a história, o longa-metragem adota a razão de aspecto (aspect ratio) de 3 x 3. A proporção quadrada da imagem foi “inventada” pelos realizadores para transmitir, com imediata e constante regularidade durante o narrativa, os estados internos de Juvenal e Margô (Silvia Lourenço), no intuito de criar um tipo de “claustrofobia da imagem”, segundo os diretores.
A produção, distribuição e finalização tiveram orçamento total de R$ 1,8 milhão, viabilizado com patrocínio da Telemont, Cemig/Filme em Minas e Petrobras. O projeto foi selecionado pelo Programa Petrobras Cultural 2010/2011 e contou, no seu desenvolvimento, com recursos do Prêmio Adicional de Renda da Ancine. Teve ainda apoio da Berliner Kunstler Programmdes DAAD e do Open Doors do Festival de Locarno, na Suíça.