Crítica: O Conselheiro do Crime (The Counselor)
Algumas vezes tenho problemas falar sobre um filme como este. Afinal de contas, várias pessoas consideram um bom diretor ou ótimo ator motivos para assistir e até mesmo gostar de um filme. Certo? Claro que é certo! Não dá para dizer que o filme é ruim. Digamos que “tem tudo de bom” no filme, principalmente quanto temos um time com um bom diretor e pelo menos três ótimos atores junto de outros bons atores.

Existem algumas coisas interessantes neste filme: descobri o que é um “bolito”, entendi algumas coisas sobre o tráfico de drogas entre o México e os EUA, e vi uma cena da Cameron Diaz com Javier Bardem junto à uma Ferrari que realmente, como o próprio personagem de Bardem afirma, é algo difícil de se esquecer.
Fassbender, atua como protagonista em boa interpretação, assim como Bardem e, surpreendentemente, assim como Cameron Diaz. Pitt e Penélope Cruz estão um pouco apagados com papéis até pequenos para eles. Mas algo no filme estava estranho… e isto se revelou de duas formas: primeiro, apenas quatro pessoas estavam na sala de cinema assistindo o filme; segundo, após uns 70 minutos de filme a população da sala reduziu pela metade… após esta redução “drástica”, cheguei a conclusão que eu teria que assistir este filme outra vez para entender bem o que estava acontecendo.

Mas a coisa que mais incomoda no filme é tentar a resposta para as seguintes perguntas “O que, afinal, Ridley Scott queria contar neste filme? Qual a mensagem ele quer passar? Qual o mote principal? Mostrar a Realidade do tráfico de drogas entre a fronteira do México e os EUA? Surpreender quem estava assistindo? Impressionar? Copiar (mesmo sem saber quem é) Nelson Rodrigues e mostrar “a vida como ela é”? Será que ele errou na mão ou sou eu quem não estou entendendo direito o recado do filme? Afinal, me sinto perdido assim com Kubrick e talvez esteja acontecendo com Ridley Scott.
Realmente vou ter que assistir este filme novamente para entender tudo isso. Porém, vai demorar um pouco, pois existe a possibilidade (historicamente remota, julgando o time todo) desta mistura toda não ter resultado em uma boa liga, e o bolo não cresceu direito. Talvez ao assistir mais uma vez minha dificuldade em falar sobre um filme como este termine.