“O Som ao Redor” tentará indicação ao Oscar após seleção do Ministério da Cultura
Depois de ter sido reconhecido como um dos melhores filmes do ano, o filme brasileiro “O Som ao Redor” foi escolhido para tentar uma vaga no próximo Oscar representando o Brasil na disputa por uma vaga ao Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira na 86ª Premiação Anual do Oscar. A escolha foi anunciada na última sexta-feira pelo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Leopoldo Nunes.
A Comissão Especial de Seleção se reuniu no Gabinete da Secretaria do Audiovisual no fim da manhã para escolher uma dentre as 14 obras inscritas para a seleção nacional. Além do filme de Kléber Mendonça, a lista ainda continha “Cine Holliúdy”, “Colegas”, “Cores”, “Elena”, “Faroeste Caboclo”, “Gonzaga – de Pai para Filho”, “Meu Pé de Laranja Lima”, “O Dia que durou 21 Anos”, “O que se move”, “O Tempo e o Vento”, “Porto dos Mortos”, “Uma História de Amor e Fúria”, “Xico Stockinger”.
Os filmes foram admitidos para a seleção nacional a partir dos critérios da Academia Norte Americana: predominância de diálogos em língua não inglesa e exibição pública com fins comerciais pela primeira vez no Brasil, por pelo menos sete dias consecutivos no período entre 01 de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2013 em sala de cinema comercial. Para atender aos critérios de admissibilidade da Comissão, a obra ainda teria que ter sido inscrita mediante requerimento no modelo indicado juntamente com 12 cópias do filme em DVD até o dia 30 de agosto de 2013.
A Comissão Especial de Seleção que escolheu o filme para competir à indicação foi composta por , Leopoldo Nunes (Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura); George Torquato Firmeza (Diretor do Departamento de Cultura do Ministério das Relações Exteriores); Sylvia Bahiense Naves (Assessora do Gabinete da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura); Vânia Catani(Produtora); e Renata Almeida (Diretora Executiva do Festival Internacional de Cinema de São Paulo).
O filme ganhou diversos prêmios em festivais e é uma crônica dos sons da vizinhança em um bairro de Recife. O filme mostra como a presença de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranquilidade trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão. Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho.