“Amor Pleno” causa amor e ódio na crítica
É muito interessante notar as divergências dos críticos de cinema. Alguns filmes, especialmente, conseguem causar muitas variações de estrelas no ranking.
Terrence Malick conseguiu fazer isso com “A Árvore da Vida“, embora tenha conquistado uma balança mais pendente para o lado positivo. Desta vez, seu “Amor Pleno” gera ainda mais controvérsias, embora tenha ficado claro entre os críticos que seu novo filme não é superior ao estrelado por Brad Pitt e Sean Penn.
De forma geral, a crítica americana foi mais negativa:o filme está em 42% de cotação no Rotten Tomatoes, principal site de críticas dos Estados Unidos.
No Brasil, podemos estabelecer o debate por meio de dois grandes críticos. De um lado, o crítico Pablo Villaça, do Cinema em Cena, deu quatro estrelas ao filme. Por outro lado, a crítica de Luiz Carlos Merten, no Estadão, classificou o filme com apenas uma estrela. Confira dois pequenos trechos:
Pablo VIllaça: **** Esta, aliás, é a beleza de Amor Pleno e do Cinema de Terrence Malick: a confiança que o cineasta deposita no espectador, acreditando que este terá a paciência e a sensibilidade suficientes para observar o que se encontra na tela a fim de compreender as pessoas ali retratadas.
Luiz Carlos Merten: * Há anos que Malick virou a grande fraude do cinema norte-americano. O grande autor de arte, à força de tanto querer dizer, transforma seu tudo em nada. Vão lhe dizer, a você, leitor/espectador, que tudo aquilo é metafísico. É mentira. Uma cena de Zarafa, outra de O Homem de Aço dizem mais que Amor Pleno. Admiti-lo implica questionar o que é o cinema? Quem acha que é Malick faça bom proveito dessa mediocridade disfarçada de soberba.