“Amor Pleno” causa amor e ódio na crítica

Terrence Malick conseguiu fazer isso com “A Árvore da Vida“, embora tenha conquistado uma balança mais pendente para o lado positivo. Desta vez, seu “Amor Pleno” gera ainda mais controvérsias, embora tenha ficado claro entre os críticos que seu novo filme não é superior ao estrelado por Brad Pitt e Sean Penn.

No Brasil, podemos estabelecer o debate por meio de dois grandes críticos. De um lado, o crítico Pablo Villaça, do Cinema em Cena, deu quatro estrelas ao filme. Por outro lado, a crítica de Luiz Carlos Merten, no Estadão, classificou o filme com apenas uma estrela. Confira dois pequenos trechos:
Pablo VIllaça: **** Esta, aliás, é a beleza de Amor Pleno e do Cinema de Terrence Malick: a confiança que o cineasta deposita no espectador, acreditando que este terá a paciência e a sensibilidade suficientes para observar o que se encontra na tela a fim de compreender as pessoas ali retratadas.
Luiz Carlos Merten: * Há anos que Malick virou a grande fraude do cinema norte-americano. O grande autor de arte, à força de tanto querer dizer, transforma seu tudo em nada. Vão lhe dizer, a você, leitor/espectador, que tudo aquilo é metafísico. É mentira. Uma cena de Zarafa, outra de O Homem de Aço dizem mais que Amor Pleno. Admiti-lo implica questionar o que é o cinema? Quem acha que é Malick faça bom proveito dessa mediocridade disfarçada de soberba.