Crítica: Liberal Arts
Chegou em 2012 nos cinemas americanos um filme dirigido e estrelado por Josh Radnor, que para quem não sabe quem é, vão lembrar dele quando o vê-lo na pele do personagem principal, Ted, do seriado americano “How I Met Your Mother”.
Josh já tinha se aventurado como diretor em um filme chamado “Tudo Acontece em Nova York” (Happy thank you more please), de 2010, onde teve uma boa atuação e certamente lhe trouxe experiência.
Desta vez, o ator/diretor chegou aos cinemas americanos com o filme “Liberal Arts”, um filme de drama/comédia que conta a história de um homem com mais de 30 anos e que ainda não se encontrou na vida. Em busca de respostas sobre quem é e o que faz, ele aceita um convite de um ex-professor da universidade para ir a um jantar onde comemorarão a aposentadoria do velho tutor. De volta à universidade Jesse conhece Zibby, uma aluna de 19 anos que o encanta com o seu jeito de ser e modo de pensar. Agora ele terá de conflitar seus sentimentos, entender quem é e saber se fica ou não com a jovem.
Além de Radnor, o filme ainda conta com Allison Janney, Elizabeth Reaser, Elizabeth Olsen, Richard Jenkins e Kate Burton.
Josh Radnor já esta em seu segundo filme, e pude vê-los. Em ambos os casos, Josh escreve, dirige e estrela os longas, e é inevitável ver os traços em comum que os ligam. O primeiro sem dúvida é a paixão de Josh pela cidade de Nova York, nos dois filme nós temos menções as maravilhas da cidade, e em ambos os filmes o personagem que Josh interpreta tem essa conexão emocional com a cidade. Em “Liberal Arts” trata-se de uma ligação um pouco mais conflituosa, por ele estar mais perdido, porém, a paixão pela cidade é descrita em seus filmes de forma muito óbvia, e sem dúvida não temos evolução de um filme para o outro neste sentido.
Outro ponto que chama a atenção é que os personagens são sempre parecidos. Um jovem, meio perdido que sofre com uma situação pouco rotineira e acaba entendendo a si mesmo, isso o leva a um crescimento pessoal. Josh explora isso de maneira muito similar. Se você assiste ao seriado “How I Met Your Mother” e depois assistir “Tudo Acontece em Nova York” ou mesmo “Liberal Arts”, você verá a mesma peesona, só que com nomes diferentes. Histo acaba sendo frustrande, pois o filme é muito previsível, principalmente bebendo das fontes de Josh Radnor.
Sem dúvida não trata-se de um filme brilhante, muito menos inspirador. Para mim, o filme é fraco nos quesitos Direção e Roteiro, justamente por ser um filme muito comum, que não se aprofunda em nenhum personagem, ou seja, assistimos o filme sem essa conexão com a história, ou com o personagem, ambos fatores importantíssimos para um bom filme.
Josh Radnor é a alma e o coração do filme, e mesmo tendo se graduado na Bexley High School e frequentado a Kenyon College, onde o departamento da sua escola de teatro apresentou-o com o Prémio Paul Newman, nomeado para o aluno mais famoso da escola. Minha sensação é que ele ainda esta se apequenando dentro de um mundo muito rico. Seus filmes ainda não tem um brilho, muito menos uma narrativa emotiva que percebemos que ele quer trazer, desta forma, é importante beber de outras fontes para não ficar rotulado como um diretor simplista e pouco criativo, e sem dúvida, “Liberal Arts” beira este caminho.
O ponto positivo que vou dar ao filme são os dialogos, existem alguns momentos no filme que rimos com piadas singelas e bem construidas, assim como conseguimos seguir o ponto filosofal que o filme busca discutir. São diálogos bem construídos e por este ponto, vale mais uma claquete para o filme, pois caso contrário, uma claquete estaria de bom tamanho.
Confira o trailer de “Liberal Arts”:
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