Crítica: Somos Tão Jovens

“Somos Tão Jovens” conta o início da carreira musical de Renato Manfredini Júnior, que mais tarde se tornaria Renato Russo. Após se tornar pioneiro na cena do punk rock de Brasília com a banda Aborto Elétrico, Renato passa por transformações que o fazem se tornar menos “punk” e fundar a banda Legião Urbana. O filme de Antônio Carlos da Fontoura começa bem ao delimitar um espaço de tempo, tornando-o menos audacioso.
É uma pena, no entanto, que falte audácia ao roteiro, que traz diálogos forçados, sempre buscando explicar inspirações para todas as canções mais famosas, cujas letras saíram da cabeça do jovem e revoltado Renato Russo. Apesar de conseguir retratar a Brasília dos anos 1970 a 1980 de forma interessante – com ajuda da ótima fotografia de Alexandre Ermel – o filme comete um pecado ao exagerar em diversos 



É uma pena que o início atribulado e o final repentino de “Somos Tão Jovens” façam com que o filme, mesmo com suas qualidades, não seja uma homenagem à altura da importância do protagonista. Pelo menos, o filme traz um pouco da juventude e força da banda Legião Urbana aos adultos que, hoje, se esquecem que todos nós temos nosso próprio tempo.
Nota: 3 Claquetes
