Crítica: Rambo 4
Esta acontecendo uma guerra civil na fronteira com a Birmânia, envolvendo os birmaneses e a tribo karen, esta guerra, como qualquer guerra, consegue chegar as crianças, mulheres, e inocentes que não tem nada a ver com a situação. Conforme o tempo vai passando e a guerra não acaba, algumas pessoas resolvem ir até o local para tentar ajudar os inocentes, que estão imersos nesta triste realidade. Porém para chegar até o local do conflito e dar suporte as pessoas, Sarah Miller e Michael Burnett, dois missionários precisam subir um rio pouco conhecido, e enfrentar soldados nunca antes vistos. São nestas circunstâncias que encontram um americano recluso e de poucas palavras, que trabalha como piloto de barco neste mesmo rio que os guiará a sua missão, o piloto, atende pelo nome de John Rambo.
Rambo 4 é um filme dirigido, escrito e estrelado por Sylvester Stallone, que resolveu reencarnar o personagem que foi um ícone nos anos 80. Rambo originalmente era um soldado que tinha acima de tudo, problemas psicológicos, problemas que o afetaram de uma tal maneira que o levaram a fazer coisas que ele mesmo não entendia. Essa era a beleza de Rambo 1, conhecer um soldado, “super talentoso em matar gente”, que não sabia como se encaixar na sociedade novamente. A partir do Rambo 2 e 3, a história começou a amolecer, e essa guerra psicológica antes vivida pelo personagem, começou a perder o sentido.
Nesta nova versão de Rambo 4, vemos novamente John em um exílio que o faz se afastar de seus problemas e de seus traumas. Porém, a guerra chama Rambo, e Rambo chama a guerra, são duas coisas que se atraem, então não muito distante desse exílio, se da essa guerra civil que coloca o personagem de novo fazendo aquilo que faz melhor. Porém desta vez, com a evolução do cinema, quando vemos a morte de alguém por uma mina ou por um fuzil, é possível ver pedaços voando e sangue jorrando, sem dúvida, esse fator realista trouxe qualidades ao filme. Por outro lado temos um Sylvester Stallone, inchado e completamente fora do biotipo do personagem. Nem mesmo a faixa na cabeça que caracteriozou Rambo durante tantos anos, fica evidente aos olhos de um personagem tão “robusto”.
Minha sensação é que Stallone quer tentar trazer a vida, alguns filmes que marcaram os anos 80, e que se caracterizaram como filmes de Ação. Porém estes filmes perderam um pouco de espaço no mercado, e agora, como em seus filmes, Sylvester Stallone quer tentar resgatar estes filmes de uma forma quase heróica. Porém, há de pensar que quem assiste Rambo 4 são pessoas que assistiram Rambo 1, 2 e 3, e que foram fãs deste persoangem, porém, estas pessoas, hoje estão mais bem informadas, e já viram 2 aviões coledirem com prédios no centro dos EUA, ou seja, esta cada vez mais difícil fazer algo que impressione, ou que mostre essa parte de violência de uma forma chocante. Este é o calcanhar de Aquiles de Stallone, a informação.
Como uma história de resgate ao personagem, Rambo 4 é um filme bom, que tem elementos que realmente nos trazem de volta para aquela atmosfera dos anos 80. Mas como filme de Ação, o filme esta muito aquém do que podem nos oferecer com a palavra Rambo.
Confira o trailer de Rambo 4:
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