Quando a projeção atrapalha
Na última semana, pouco antes da chegada deste chuvoso carnaval, fui ao cinema assistir “O Lado Bom da Vida”. A entrada foi comprada, o shopping não estava cheio, a noite estava agradável. A rápida chuva que caíra poucos minutos antes de sair de casa fez com que o ar se tornasse leve, com uma brisa refrescante.
Tudo poderia ter sido muito agradável se não fosse por um simples detalhe: a projeção do filme.
Quando começou a exibição das orientações de segurança – no caso, um slideshow que eu faria melhor no power point – eu achei que a imagem estivesse escura e chuviscada. Mas relevei. Afinal, tudo estaria melhor quando terminassem os trailers e começasse o filme propriamente dito.
Necas. O filme começou e eu pensei que a imagem estivesse escura. Em diversos momentos, chuviscos e ruídos vinham da tela. Como se não bastasse isso, havia um problema que tenho verificado em diversas salas de cinema que visito: as caixas de som laterais são totalmente inúteis, já que o som “mono” vem apenas da frente da sala.
A qualidade da fotografia se perdia com as cores “apagadas”. A qualidade do som se perdia com a falta de uma abertura sonora e pouco se entendia do que os atores falavam (‘ora, leia a legenda’, diria alguém, mas a legenda também estava embaçada, mesmo com os óculos). O som ainda era atrapalhado pelo forte barulho do projetor girando.
Não estou exigindo a melhor das tecnologias, mas um mínimo de respeito pelo público. Mais uma vez, me senti desapontado com a sala de cinema da minha cidade. Ultimamente, tenho me dirigido à cidade vizinha para assistir a bons filmes, já que a exibidora não só tem projetores ruins como insiste em exibir muitos filmes somente em cópias dubladas. Acho que vou continuar pegando a estrada.