Crítica: Os Miseráveis

É importante dizer que se você não gosta de filmes musicais, então não vá ao cinema! É um favor que você faz a você mesmo e as pessoas que estão indo ver o filme. Isto porque o filme é 99.9% de canções, são raríssimas as vezes que vemos algum tipo de diálogo ou até palavras sendo faladas normalmente. O filme focou, e ao meu ver, de forma primorosa no que a peça de teatro oferece de melhor, e o que a fez ser o sucesso que é até hoje, as canções!



qualidade. Vocês perceberam muitas cenas de um personagem solo, com um enquadramento dos ombros para cima, ou seja, com foco no rosto. Na cena em que Anne Hathaway canta a famosa música “I Dreamed a dream”, conseguimos ver nitidamente que a intenção do diretor era filmar uma cena única, interrupta com todo o ar dramático de uma mulher que acaba de prostituir por pouco dinheiro para tentar encontrar a filha. É de arrepiar!

Minha única crítica ao filme é um excesso de enquadramentos nos personagens quando estão cantando, por mais que seja muito bonita a forma como é feita e o fato de usarem o recurso para transmitir o sentimento do personagem, para mim isto poderia ter sido mais mesclado com cenas mais abertas, ou até mesmo com cortes para lembranças, pois fica um pouco massante a repetição. Mas trata-se de uma crítica com um certo entendimento, pois no cinema, o diretor procurou fazer algo que no teatro não é possível, que é justamente essa aproximação do personagem de uma maneira que nos conecte com ele, ao ponto de olharmos para os olhos dele e lá ver a lagrima, a veia de raiva e até a decepção.
Enfim, Os Miseráveis é um filme para ser assistido com o coração e sem preconceitos. O filme tem cenas fantásticas com uma fotografia linda, e a última cena é uma das mais emocionantes de todas, uma despedida de Jean Valjean com grande estilo e muita, muita emoção. Sem dúvida, um dos melhores musicas já feitos! Lindo, sensível, emocionante e acima de tudo, humano.
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=IuEFm84s4oI]
Nota: 4 Claquetes
