Crítica: A Viagem

Primordialmente, o filme conta diversas histórias interligadas no tempo. Todas elas possuem relações de amor, amizade, egoísmo, crença e a busca pela “verdade verdadeira”, que traga alguma resposta para a vida. Mesmo que muitas vezes prolixo, por repetir frases e conceitos nas diferentes tramas, o filme tem cortes fluidos entre as diversas narrativas, que muitas vezes optam pelo match-cut e sem fazer com que os momentos de clímax sejam todos no mesmo ponto.




Outro pronto importante a ser tratado em “A Viagem” é na sutil valorização da diversidade. Na trama futurística, os personagens que representam o futuro e a salvação dos que restaram na Terra são todos negros, e em duas das tramas são personagens negros que representam a ajuda necessária para evitar uma catástrofe – acredite, isso não é por acaso. E quando paramos pra pensar que a trama centralizadora de todas as outras (ou quase todas) é calcada no amor existente em um relacionamento homossexual, podemos entender como os diretores entendem este sentimento: o amor.
E mesmo que falte um “algo mais” no longa para unificar tudo e passar uma mensagem mais clara ou menos poluída de referências, como suprimir uma das tramas, por exemplo, “A Viagem” não deixa de ser algo bem-vindo aos cinemas. Só torço para que os irmãos Wachowski escolham maquiadores melhores da próxima vez.
Nota: 03 Claquetes

