Crítica: Rock of Ages – O Filme

O que poderia ser a tradução da letra do clássico “Don’t Stop Believin”, da banda Journey, é também o mote de “Rock of Ages – O Filme”, filme musical baseado no homônimo da Broadway. Um musical que contém apenas o bom e velho rock’n roll só poderia ser voltado aos “metaleiros” de plantão, certo? Errado.

Em meio a uma trama nada diferente do tradicional, a menina do interior que vai tentar a vida na cidade grande, tem sua mala roubada e recebe ajuda do mocinho, que vive como garçom mas sonha com o estrelato no palco. Em meio a tantas cantorias, guitarras e estripulias visuais, não sobra tempo para muita complexidade: a trama é simples, a vilã é caricatural e a solução para os problemas se dá de forma simplista.
Mas quem é que vai a um musical para ver histórias complexas ou tramas envolventes? A estrela de um musical são as músicas, e aqui elas estão bem produzidas e encaixadas na história. O diretor Adam Shankman faz um bom trabalho com os “mash-ups” (união de duas músicas em uma só), em uma tentativa de agradar a todos, embora não agrade a qualquer um, já que o filme tem um toque quase inevitável do seriado “Glee”. De qualquer forma, um saudosista menos extremista pode se envolver com algumas canções que embalaram sua geração.


Dizem que o rock clássico morreu. Mas ele sobrevive aqui e ali, com presença em diversas manifestações culturais, revivendo vez ou outra. O mesmo pode-se dizer dos musicais, que são incomuns no cinema de hoje mas ressurgem em produções bem vindas.
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Nota: 03 claquetes
