Crítica: Branca de Neve e o Caçador
*Embora uma crítica do filme já tenha sido publicada, o Cinem(ação) é um espaço democrático e se permite publicar mais críticas do mesmo filme.



Com qualidades técnicas excepcionais, como a fotografia das cenas de batalha e da floresta encantada ou a maquiagem de Ravenna (que ora envelhece, ora rejuvenesce), “Branca de Neve e o Caçador” tem cenas de encher os olhos, mesmo em uma narrativa com falhas: o exemplo é a presença de um trasgo que, apesar de interessante e aparentemente inspirado nas criaturas dos filmes de Gillermo Del Toro, não acrescenta à trama.

O filme se torna “modernoso” ao fazer do príncipe apenas um coadjuvante, e nunca colocá-lo como alguém mais importante que Branca de Neve – algo que não somente reforça o novo lugar da mulher na sociedade, mas também deixa de valorizar a importância da realeza. Foi também uma boa escolha do roteiro não colocar Ravenna disfarçada de “velhinha”, já que isso soa bastante infantil para um filme de fundo realista. Sem muita explicação, o filme faz referências à fé cristã em dois momentos (“Voltou dos mortos e instiga as massas?”), mas não deixa claro o motivo para isso, o que leva a apenas referências soltas.
Sem nunca ser um filme ruim, e com momentos inspirados, “Branca de Neve e o Caçador” é uma boa adaptação do conto de fadas.
Nota: 03 Claquetes
