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Crítica: Where to Invade Next (2015)

Where to invade next é mais um documentário primoroso de Michael Moore

Ficha Técnica

Direção: Michael Moore.

Produção: Michael Moore, Carl Deal e Tia Lessin.

Elenco: Michael Moore, Krista Kiuru (Ministra da Educação na Finlândia), Tim Walker (professor americano na Finlândia), entre outros.

Nacionalidade e Lançamento: EUA, 2015.

Sinopse: Divertido e ácido, como já é de se esperar os filmes de Michael Moore. Desta vez, o polêmico diretor viaja à Europa e norte da África em busca de grandes ideias para levar de volta aos Estados Unidos.

This is a group photograph of the Joint Chiefs of Staff and several Commanders in Chiefs taken on July 1, 1983, in the Chairman of the Joint Chiefs of Staff dining room, located in the Pentagon. Shows (left to right): U.S. Navy Adm. Wesley L. McDonald, Commander in Chief, US Atlantic Command; U.S. Marine Corps Gen. Paul X. Kelley, Commandant of the Marine Corps; U.S. Army Gen. Paul F. Gorman, Commander in Chief, US Southern Command; U.S. Army Lt. Gen. Robert C. Kingston, Commander in Chief, US Central Command; U.S. Army Gen. John A. Wickham, Chief of Staff, US Army; U.S. Army Gen. Wallace H. Nutting, Commander in Chief, US Readiness Command; U.S. Air Force Gen. James V. Hartinger, Commander in Chief, Aerospace Defense Command; U.S. Navy Adm. William J. Crowe, Commander in Chief, US Pacific Command; U.S. Air Force Gen. Charles A. Gabriel, Chief of Staff, U.S. Air Force; U.S. Army Bernard W. Rogers, Commander in Chief, US European Command; U.S. Army Gen. John W. Vessey, Jr., Chairman of the Joint Chiefs of Staff; U.S. Air Force Gen. Bennie L. Davis, Commander in Chief, US Strategic Air Command; U.S. Navy Adm. James D. Watkins, Chief of Naval Operations; and U.S. Air Force Gen. Thomas M. Ryan, Commander in Chief, Military Airlift Command. OSD Package No. A07D-00347 (DOD Photo by Robert D. Ward) (Released)

Como de costume, Michael Moore cruza a bola, cabeceia e faz um belíssimo gol em seu mais novo documentário “Where to Invade Next” (Onde vamos invadir agora?). A sua última produção havia sido “Capitalismo: uma história de amor (2009)” – por sinal, outro incrível documentário – logo, já contávamos 7 anos sem uma grande produção cinematográfica de Moore.

Há aproximadamente uma semana eu estava em casa rolando para baixo aquela infinita barra do Facebook. Como sempre, estava na difícil tarefa de encontrar alguma coisa interessante nesta rede social. Foi quando me deparei com o compartilhamento de uma colega. Ela havia marcado uma série de outros amigos no post e comentado: “vocês têm que ver isso!”. Na curiosidade, eu decidi apertar o play. De imediato, reconheçi a voz de Michael Moore narrando a cena em que chegava à Finlândia. O trecho em questão se referia ao momento em que o diretor chega a este país para conhecer melhor o seu sistema educacional, considerado um dos melhores do mundo – se não O Melhor.

Intrigado, assisti aos 10 minutos de cena colado à tela. Meus olhos mal piscavam, chegava a ser difícil acreditar que em algum lugar do mundo a educação era daquele jeito. Milhares de pensamentos e questionamentos surgiram à minha cabeça: mas e o nosso sistema educacional? Em que podemos melhorar? Como chegar a este nível? Talvez toda esta mobilização seja a razão do porquê gosto tanto dos trabalhos de Moore. Ele consegue ser ácido e cômico ao mesmo tempo, fica em um “bate e assopra” constante e, inevitavelmente, me leva à reflexão.

Moore - França    Mais uma vez a produção deste documentário é primorosa. Os diálogos e a montagem das cenas o torna dinâmico, o que resultou em alguns momentos em que eu me percebi rindo de nervoso e incrédulo com o que estava vendo.

O enredo construído por Moore também é fantástico. Ele começa o documentário dizendo que foi convocado pelos militares do Pentágono a viajar por diversos países em busca de novas e boas ideias aos Estados Unidos, pois eles estavam arrependidos de todas as guerras que participaram nos últimos anos. Assim, acompanhamos sua viagem pela Europa e ao Norte da África, citando também países como o Brasil e o Canadá.

No melhor estilo Moore de ser, ele busca pessoas gabaritadas para discutir o tema, como o CEO da Ducati, o presidente da Eslovênia, os guardas e os detentos da Noruega, estudantes da França, a primeira presidenta da história na Islândia, etc. Durante todo o longa, ocorrem constantes comparações de atitudes simples e eficazes que estes países implantaram e o atual funcionamento nos Estados Unidos. O interessante de observar, principalmente para nós brasileiros, é que em alguns aspectos nós somos muito parecidos com os Estados Unidos, mas em outros, temos pontos em comum com os direitos trabalhistas da Itália, por exemplo, como o direito aos 30 dias de férias e 13º salário.

Por fim, o que este documentário me fez refletir foi que nem tudo está perdido. E que mudanças simples, já testadas em outros países, podem oferecer grandes contribuições ao Brasil (obviamente, guardando-se as devidas proporções). A busca por melhores condições ao povo é um trabalho constante, mas possível. E pode acontecer quando nós menos esperarmos. Talvez você me ache um otimista, mas como Moore afirma em seu trabalho: “eu estou aqui para destacar os pontos positivos [..] Na história, coisas que achávamos que durariam para sempre, terminaram de repente”.

Nota Final: 5 estrelas!

  • Nota Geral
5

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