Crítica: Nadando até o mar se tornar azul – 44ª Mostra de São Paulo - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
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Crítica: Nadando até o mar se tornar azul – 44ª Mostra de São Paulo

A China tem muito a nos oferecer e este documentário, dirigido por Jia Zhang-ke, é um exemplo. Nadando até o mar se tornar azul narra de uma forma peculiar a história da sociedade chinesa. Partindo do ano de 1949, com foco na Revolução Cultural que ocorreu no país e as mudanças continuas que o país enfrenta.

Entretanto, a maneira de se contar a história sobre esses eventos é o grande trunfo do longa. É por meio de entrevistas com grandes escritores chineses, nascidos em décadas distintas, que o diretor traça a sua linha do tempo sobre os últimos 70 anos do povo chinês.

Arrisco a dizer que, os espectadores que nunca tiveram contato com a cultura chinesa ou possuem um conhecimento limitado, tendem a ter dificuldades (eu sou um deles). Já que, o diretor não é nenhum pouco didático. Contudo, apesar desse grande detalhe, se tiver curiosidade e atenção o documentário acaba sendo uma porta de entrada para conhecer um pouco da história recente da China por uma perspectiva da literatura. Os conflitos entre modernidade e tradição, a censura do regime comunista e a abertura para o capitalismo.

  • Nadando até o mar ficar azul
3.5

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