Crítica: 5 curtas (Masters in Short) – 44ª Mostra de São Paulo
Críticas

Crítica: 5 curtas (Masters in Short) – 44ª Mostra de São Paulo

Os curtas reunidos em “Masters in Short”, como toda reunião de curtas, trazem os mais e os menos memoráveis. São cinco produções com propostas e objetivos diferentes, apresentadas na 44ª Mostra de Cinema de São Paulo.

A Visita (dir. Jia Zhangke)

Durante a pandemia, o próprio cineasta se encontra com seu amigo para discutir um projeto. Eles precisam usar máscaras e viver as neuras de todos nós: higienizar as mãos, medir a temperatura e temer o toque são alguns desses problemas, mostrados de forma eficaz e com uso do som para destacar a situação.

3/5

O Adivinhador (Guy Maddin, Evan Johnson, Galen Johnson)

Em preto e branco, semelhante aos filmes do início do cinema, o primeiro curta do trio de diretores (que assinam dois nesta sequência) mostra um adivinhador que trabalhava em um espetáculo adivinhando as coisas das pessoas, mas acaba perdendo esse talento ao se apaixonar por uma mulher que se revela ser sua irmã. A premissa é interessante, mas se perde em algum momento e se torna cansativa.

1/5

Os Caçadores de Coelhos (dir. Guy Maddin, Evan Johnson, Galen Johnson)

Maluco e cheio de elementos surreais, o filme foi feito para homenagear Fellini. Estrelado por Isabella Rossellini, o curta nos mergulha em um sonho no qual ela deseja ver um filme e acaba vivendo diversos momentos que evocam a memória do cineasta. Se não soubermos disso, é só uma série de sonhos.

2/5

Uma Noite na Ópera (dir. Sergei Loznitsa)

O curta documental reúne imagens antigas da Ópera de Paris, relembrando visitas de chefes de estado e celebridades ao longo das décadas de 50 e 60. A edição é curiosa por criar um tom de exagero nos movimentos, chegando a irritar (de forma provocativa).

3/5

Escondida (dir. Jafar Panahi)

*imagem no topo

Documentário que mostra o diretor Jafar Panahi levando sua filha e uma artista iraniana para visitar uma cantora que vive em uma vila. O filme comenta a realidade das artistas mulheres no Irã, sugere dificuldades de se montar um espetáculo, e nos leva a uma realidade dura em que uma mulher de belíssima voz é impedida de cantar em sua vila porque seu pai acredita ser pecado. Ouvir sua voz é de arrepiar, especialmente pelas condições em que isso ocorre.

5/5

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