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Quem foi Van Gogh?

Quando olhamos as obras de Vincent Van Gogh, nos deparamos com as suas pinceladas fortes e bem marcadas. As cores vibrantes, a sensação de movimento e o retrato da vida simples, no campo, são características que constituem a sua produção. Ao espectador, é quase como se fosse possível sentir o cheiro do ar puro na floresta e ouvir o farfalhar das folhas sobre a brisa leve do outono.

Van Gogh – Campo de trigo com ciprestes

Van Gogh nasceu em março de 1853, na cidade de Zundert, na Holanda. Porém, ao longo da vida, morou em diferentes cidades e países, incluindo França e Bélgica. A história de Vincent, ainda hoje, é objeto de estudo de muitos especialistas que ficam intrigados com as suas particularidades, sendo, um dos principais elementos de discussão, a saúde mental do artista.

O tema, bastante complexo e controverso mesmo nos dias de hoje, parece ter sido condição para a expressão dos brilhantismos e dos maiores sofrimentos de Van Gogh. A sua produção era incessante, Vincent pintava praticamente todos os dias das 8h às 17h de forma obsessiva. Era um homem simpático, porém solitário, fato que o condicionava a ser um hábil observador.

Van Gogh – Trabalhador no campo

Van Gogh foi um dos grandes nomes do Impressionismo, movimento artístico que surgiu na França e que tinha como principais representantes Monet e Renoir. A obra do primeiro, denominada “Impressão, nascer do sol” (1872), foi a que deu o nome ao movimento. Assim como todos os períodos artísticos, o Impressionismo visou romper com o movimento artístico anterior a ele, nesse caso, o realismo, dando mais ênfase ao conteúdo do que à forma. Ou seja, o foco, como ilustrado no início do texto, estava mais sobre a impressão das sensações do que em retratar fielmente a realidade.

Monet – Impressão, nascer do sol (1872)

No dia 29 de julho de 1890, aos 37 anos, Van Gogh faleceu em Auvers-sur-Oise, na França, após um ferimento de bala na barriga. Interpretado como suicídio, os detalhes exatos e as motivações de Vincent para tal ato permanecem desconhecidos. O fato é que as produções de Van Gogh estão, atualmente, entre as mais importantes da humanidade e Vincent nunca poderia imaginar que as suas obras tomariam o mundo e seriam avaliadas em centenas de milhares de dólares.

O Museu Van Gogh, em Amsterdam, na Holanda, foi aberto em 1973 e, hoje, é um dos mais visitados do mundo, expondo mais de 200 obras do pintor. Caso você queira conhecer mais sobre esse artista, recomendo o filme “Com amor, Van Gogh” (2017) que conta a história de Armand, filho de um carteiro que encontra uma carta de Vincent ao irmão, Theo, e assume a missão de entregá-la. Outra boa recomendação é o livro “Cartas a Theo” (editora L&PM), obra originalmente organizada pela cunhada de Vincent e que reúne mais de 900 cartas.

Van Gogh nos ensina que quando falamos de arte, o que realmente importa é o modo como ela nos impacta e os sentimentos que nos desperta. Porém, tanto melhor compreenderemos a arte, quanto mais nos aproximarmos dos que se dedicam a produzi-la. Van Gogh foi eleito postumamente o representante da arte moderna e é, até hoje, absolutamente impressionante.

“Não tenho certeza de nada, mas a visão das estrelas me faz sonhar” – Vincent Van Gogh

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