LUKE CAGE 2ª TEMPORADA (NETFLIX)
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LUKE CAGE 2ª TEMPORADA (NETFLIX)

A premissa desta segunda temporada de Luke Cage é relativamente parecida com a do filme Pantera Negra. Há ervas que conferem força sobre humana e um herdeiro que volta para reclamar o que é dele por direito.

O ponto forte é o desenvolvimento de personagens. A trama é voltada às questões familiares, reconciliações, perdões e a busca por vingança. Aliás, nesse e em outros pontos, Luke é um espectador da própria série. O foco realmente está nos dois vilões.

Mariah Dillard assume os negócios da família e o que ela quer fazer pelo bairro já vimos em Demolidor com o Rei do Crime. Ambos querem transformar o bairro em um lugar melhor, mas com financiamento ilícito, criminoso.

 

Há agora o novo (excelente) personagem: John McIver, o Bushmaster. É com ele que você dirá “eu já vi essa história no filme do Pantera Negra!”. Assim temos a configuração dos motes: domínio de território, vingança, honra, passado, tráfico e gangues.

O Bushmaster (Mustafa Shakir) é o que a série tem de melhor. O personagem tem força, ímpeto e motivações que são o motor do enredo. Ao longo dos episódios, vai ficando claro o porquê de cada movimento dele. As reconstruções do passado são bem feitas, dão apoio à linha narrativa principal e fazem até esquecer que o seriado é do Luke Cage.

 

Por ser uma série de super-herói e ação, muitos esperam por grandes cenas de luta. Não é bem o que oferece Luke Cage. A ação é o ponto fraco do seriado. As lutas têm coreografias simples e às vezes até infantis. Depois de anos vendo Luke agir nas ruas, não é aceitável que os bandidos continuem atirando nele ad infinitum. E, para nós, chega a ser tediosa a repetição dos momentos das mesmas cenas de ação.

As lutas só têm um algo a mais quando há participação especial ou quando o Bushmaster está presente. Fora isso, ficou devendo.

 

 

Misty Knight tem um arco independente do Luke e motivações próprias, como a adaptação à condição física resultante dos acontecimentos da série Defensores. O roteiro apresenta as várias camadas dela fazendo-a vivenciar dilemas da profissão e da amizade com Luke.

Destaque também para o recurso utilizado para fazer as transições de cena: apresentações musicais. Isso já havia sido utilizado na primeira temporada, mas agora tem mais glamour e bastante tempo de tela. Ao longo dos 13 episódios, essa ferramenta até diminui, mas sempre encanta quando usada.

 

 

Além de lidar com as disputas pelo controle do Harlem, Luke está diante de um drama pessoal com o pai, James Lucas ( o ator Reg E. Cathey). Aliás, este é outro personagem de destaque. Os discursos dele na Igreja e os diálogos com o filho têm muito carisma pela atuação de Reg, que infelizmente faleceu após gravar a série.

Luke Cage não é original na premissa e é fraca nas cenas de ação. Mas acerta no desenvolvimento das personagens e convence nas motivações dos vilões que praticamente conduzem a narrativa, deixando Luke como secundário na própria série.

Fica aqui o convite para ler este artigo que analisa os vários tipos de personagens, clique aqui e diga onde se encaixaria o Luke.

Aproveitando que a série do Luke fala sobre família, você sabe quem são os verdadeiros pais de Tony Stark, o Homem de Ferro? Clique aqui e veja como os quadrinhos revelaram esse mistério.

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3.8

Resumo

Luke Cage não é original na premissa, acerta no desenvolvimento das personagens e convence nas motivações dos vilões que praticamente conduzem a narrativa, deixando Luke como secundário na própria série.

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