50º Festival de Brasília - 4º dia - Café com Canela e mais...
Cinema Nacional

50º Festival de Brasília – 4º dia – Café com Canela

O 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro no quarto dia seguiu com a Mostra Competitiva. Um curta e um longa integraram a noite em Brasília, que também contou com uma programação matutina e vespertina.

As Melhores Noites de Veroni


Direção: Ulisses Arthur. Drama, 16 min, 2017, AL, 12 anos. Elenco: Lais Lira, Jorge Adriani, Sofia Bomfim e Fátima Menezes

Infelizmente há pouco aqui. E mais triste ainda era que o tema poderia ser melhor abordado. A premissa é retratar os desalentos da personagem título em relação às ausência do marido caminhoneiro. Tecnicamente não é um desastre, porém nessa ceara é pobre. E o principal: falta uma trama com peso. NOTA: 2 estrelas

Café com Canela


Direção: Ary Rosa e Glenda Nicácio. Ficção, 102 min, 2017, BA, livre. Elenco: Valdinéia Soriano, Aline Brunne, Babu Santana, Aldri Anunciação, Arlete Dias, Guilherme Silva, Antônio Fábio, Dona Dalva Damiana de Freitas, Michelle Mattiuzzi

Há momentos que o filme honra o título e entrega um sabor singular. O grande problema está no processo até degustamos aquela mistura. A história trata das repercussões do luto em diversos personagens que conhecemos logo de cara. Momentos de alegria alternando com exemplares de solidão dão vida àquelas vidas.

Contudo, o longa que dê certo modo traz o apego como tema não consegue se desapegar de muitas passagens, criando uma barriga que afeta o carisma construído pelos personagens. Os momentos oníricos/religiosos que exalam a cultura local funcionam como boa localização, porém alguns sobram.

Se temos momentos inspiradíssimos, como o das três portas dialogando, temos cenas que beiram a infantilidade (no pior sentido). Em especial uma que explica a função do cinema e termina com uma péssima quebra da quarta parede. Tal arco além de didático (outra vez no pior sentido), soa apenas como uma tentativa de criar uma identificação no público – meio que admitindo que não acreditava no material que tinha nas mãos.

O final também tem problemas. Em meio a um ótimo pico dramático, o filme força um círculo se fechando. Novamente: o roteiro deveria apostar mais em emoções sinceras – plenamente atingíveis – do que forçar uma rima.

O material humano, local, cultural que nos é apresentado sofre um auto-boicote. NOTA: 2,5 estrelas.

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