5 Filmes de Comédia de 2016
Comédia é um dos gêneros que mais leva público ao cinema. Afinal quem não gosta de dar umas boas risadas? É ótimo ver um filme em uma sala lotada e todo mundo rindo de uma determinada cena. Tem também aqueles momentos que a gente ri sozinho e depois fica com aquela cara de nada. Ou pior: quando todo mundo ri, menos a gente.
Isso ocorre pois o humor tem algo de pessoal. Às vezes depende de entender a referência (Capitão América que o diga…) ou até da condição que estamos – alguém que acabou de perder um ente querido dificilmente vai rir de uma piada com enterro. Por outro lado, a piada tem sim uma estrutura. E é algo que pode ser estudado. Nesse sentido, recomendo o podcast do humorista Leo Lins: Teoria e Prática do Humor.
Em filmes de comédia, muita gente mede a qualidade pela quantidade de vezes que riu. Eu penso que temos que ir além, afinal estamos vendo um FILME de comédia e não uma COMÉDIA filmada. Aspectos como direção, roteiro e atuação, montagem, trilha, fotografia, tem que ser levados em conta como em quaisquer outros gêneros.
Que tal lembrarmos 5 filmes que estiveram nas telonas em 2016? Tem na lista: animação, filme nacional, filme de “herói”, um ação/comédia/policial e uma homenagem aos anos 50 com vários atores famosos:
O ano dos vídeo games nas telonas, além do confuso Warcraft: o primeiro encontro de dois mundos e do esquecível Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank, teve o surpreendente Angry Birds. O pássaro vermelho que entreteve tanta gente mundo a fora conseguiu arrancar muitas risadas de pessoas de todas as idades também no cinema. Red é bem carismático e a raiva dele gera empatia no público, a gente ri dele se dando mal, mas se identifica e torce pelo personagem. A trilha sonora com Behind Blue Eyes e I Will Survive também ajudam nisso. Aquele humor cartunesco e circense misturado com escatologia e referências foi a fórmula do sucesso, levando quase dois milhões de espectadores no Brasil.
Um dos melhores, talvez melhor, filme nacional do ano tem uma história muito forte – altamente alegórica. As questões dramáticas talvez o façam não entrar na categoria de comédia propriamente dita. Contudo, eu não fiquei mais do que 5 minutos sem rir vendo Big Jato. As situações não eram tão engraçadas e tampouco visualmente cômicas. O humor aqui estava o tempo inteiro no texto, nas falas dos personagens. Matheus Nachtergaele faz algo especial naquele que eu chamaria de Auto da Compadecida de 2016.
Se as adaptações de games estão engatinhando, as de HQ estão a todo vapor. Muitos, contudo, alegam que o “gênero” está saturado. Outros alegam ainda que é coisa de criança. Fato é que Deadpool rompeu com tudo isso. Classificação indicativa alta e um novo respiro colocam Deadpool como o provável melhor filme de herói do ano, mas sem dúvidas o mais engraçado. A sequência da ponte dele batendo no Colossos é daquelas mais bestas possíveis… porém com gargalhadas atrás de gargalhadas. Ah, e foi também uma das melhores histórias de amor…o dia internacional da mulher nunca mais será o mesmo…
Os irmãos Coen tem um estilo muito característico. Não sendo um humor tão fácil, por deixar de mastigar algumas piadas. Em Ave, César! temos uma homenagem/paródia ao cinema antigo, notadamente dos anos 50. Números musicais e outras performances artísticas em esquetes maravilhosas. E não para por aí, eles fazem críticas ao comunismo/capitalismo, à indústria hollywoodiana e até às religiões – há uma cena envolvendo líderes religiosos que é impagável. Além disso, o veterano George Clooney e o novato Alden Ehrenreich dão um show nos respectivos personagens, ambos com um que de idiotismo dos mais sinceros e canastrões.
Dois Caras Legais te convida para uma loucura nos anos 70. Uma investigação, permeada de ação e pornografia, lideradas pelos personagens do Russell Crowe e Ryan Gosling, com uma ajuda toda especial da jovem Angourie Rice. Um brutamontes sensível. Um malandro que só se da mal. Uma menina curiosa e esperta. São essas três personas, ácidas e sarcásticas, que embarcam em uma aventura cheia de pessoas excêntricas, uma história absurda e uma ação digna dos Trapalhões.
Vale mencionar outros filmes, que também estiveram nos cinemas em 2016, mas com menor alcance, porém tão engraçados quanto os anteriores: o road movie da simplicidade em A Incrível Jornada de Jacqueline, a história de um histórico encontro em Elvis e Nixon, o documentário Eu Sou Carlos Imperial, a comédia romântica de título mais exótico As Ovelhas Não Perdem o Trem, a prova de como fazer graça com clichê em Roteiro de Casamento e a nostalgia dos anos 80 em O Novato.
E que outras comédias você curtiu em 2016? Deixe aí nos comentários…
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Sobre o autor
Lucas Albuquerque
Sou carioca e moro em Brasília. Praticamente desde que nasci, há 26 anos, amo pizza, futebol e cinema... não necessariamente nesta ordem. Espero marcar um golaço nestes rodízios cinematográficos aqui no Cinem(ação)
