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4 Claquetes

Crítica: Star Wars – O Despertar da Força

Não importa o lugar da galáxia em que você esteja, todos sabem que mexer em um vespeiro é algo totalmente perigoso. E assim como os Tie Fighters são conhecidos como vespas, os fãs de Star Wars são conhecidos pelo seu amor, exigência e culto a saga criado a mais de 30 anos por George Lucas.

O ano de 2015 ficará conhecido por ser o ano de revisitar três mundos de grandes sagas do cinema, Jurassic Park, Mad Max e Star Wars.

Star Wars – O Despertar da Força, dirigido por J. J. Abrams, acaba sendo uma grande homenagem,  em alguns momentos quase que uma paródia, da trilogia clássica (Episódios IV, V e VI).

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Não se desanime caso sinta que essa crítica tem tons negativos, o filme é muito bom, tem muita ação, humor e drama, mas sim apresenta algumas falhas. Uma delas é o “efeito Mickey Mouse”, com muitas gracinhas, piadinhas o tempo todo, assim como é em Vingadores e Transformers. A comédia é muito importante para o filme, mas em alguns momentos parece muito forçada para aquela realidade de acontecimentos.

Mas se existe algo realmente fantástico no filme é Daisy Ridley. A atriz inglesa de 23 anos que praticamente é uma iniciante em sua carreira, ela é o Luke Skywalker da nova geração. Assim como Luke, ela vem de um planeta deserto, com um trabalho que pode ser considerado que está no piso da pirâmide da sociedade galáxia (ele era um fazendeiro de umidade e ela uma sucateira).

Rey é uma mulher forte, lutadora, determinada, líder, é a Ellen Ripley de uma galáxia muito muito distante e sem dúvida a melhor personagem do filme.

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Além de Rey, temos também os novos heróis o piloto da resistência Poe Dameron (Oscar Isaac) e o ex-stormtrooper Finn (John Boyega), e a interação e sintonia dos dois também é um ponto forte do filme, não tem como não lembrarmos na hora da amizade de Luke Skywalker (Mark Hamill) e Han Solo (Harrison Ford).

O Despertar da Força poderia facilmente se chamar, “A Nova Geração” e esse é um ponto chave do longa, apresentar esse mundo que todo mundo “já ouviu falar” para uma nova geração de fãs, e com a trinca Rey, Finn e Poe temos personagens diferentes entre si, e que representam todo mundo de uma forma ou de outra.

Sinceramente, não precisamos de nenhum dos outros 6 filmes para assistir ao episódio VII, nem mesmo a trilogia clássica. O espectador consegue conhecer os elementos básicos da galáxia, quem são os mocinhos e quem são os vilões, porém o filme não explica muita coisa de sua própria história, detalhes que são legais para os fãs, por exemplo os nomes dos planetas que estão visitando, como está a República, o problema é que se passaram 30 anos e muita coisa ficou em aberto.
No fim acabamos saindo do filme sob o efeito “Prometheus” com muito mas perguntas do que respostas o que não é uma coisa boa, forçando os fãs a aguardar dois anos para respostas.

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Outro problema é que temos a nítida impressão de que essas janelas de tempo e acontecimentos terão que ser preenchidas com livros, quadrinhos, animações e jogos de video-game, que é um problema que discutimos muito sobre os filmes da Marvel. Eu não tenho que recorrer a outras mídias para entender o filme, os filmes por si só tem que se sustentar, mas não é o que senti vendo “O Despertar da Força”.

A trindade clássica (Luke, Leia e Han Solo) é importante para passar o bastão, mas não espere muito tempo de tela de todos eles, mas como disse acima, isso não é algo negativo uma vez que os novos personagens são por si só interessantíssimos (já disse o quão fóda é a Rey?), e eles tem uma galáxia inteira para viver aventuras sem estarem presos ao passado dos outros filmes.

Não poderia terminar a crítica sem antes falar do BB-8 e da Maz Kanata. Incrível como as pessoas conseguem humanizar tudo, assim como R2D2 e Wall-E prepare-se para se apaixonar por BB-8 o dróid jabulani do filme. E Maz Kanata (Lupita Nyong`O) faz as vezes da personagem sábia e mística do filme com sua personagem feita à partir da captura de movimentos.

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No quesito vilões, todos são ainda muito rasos, e precisamos ver mais e mais do Kylo Ren (Adam Driver) para tentar entender suas motivações que até agora não tivemos nenhuma dando a impressão apenas de que seu personagem foi para o lado negro apenas por birra.

Infelizmente, esse foi o pior trabalho do Andy Serkis, no quesito efeitos visuais, com um supremo líder Snoke parecendo mais um boneco mal feito.

Sem dúvidas o filme é divertido pela introdução dos novos personagens, quanto aos antigos, talvez aquele final na festa em Endor tivesse sido o melhor para cada um deles.

Que venha logo 2017 e que a Força esteja com Você.

Nota: 4 Claquetes

 

 

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