"O Reino Dos Gatos" - (2004) - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
Artigo

“O Reino Dos Gatos” – (2004)

O passeio de Haru por uma outra dimensão, distinta, estranha, porém, esclarecedora e inovadora para sua vida, é o que permeia toda a narrativa de O Reino Dos Gatos de Hayao Miyazaki um dos produtores executivos do Estúdio Ghibli – (A Viagem de Chihiro, Cemitério Dos Vagalumes, Meu Vizinho Totoro). Seus personagens são de extrema delicadeza que seu modo de dar-lhes vida nos traz algo novo, nos prende e  nos joga para uma outra realidade, e por isso, somos obrigados a nos deixar levar e nos desprender dos fatos e nos ater somente à nossa imaginação.

O toque simples e sem muitas “perfeições” de imagens, isto é, sem a preocupação de nos aproximar de nós mesmos como se estivéssemos vendo um filme naturalista, pelo contrário, temos um desenho, uma animação que compõe o que veio a oferecer: divertimento, lazer e gosto. A trilha sonora é leve, sem rodeios e é pura sem ser demais ou exagerada.

A suavidade de seu teor de animação nos traz, em praticamente quase em uma hora e poucos minutos de duração, o carisma e a criatividade tanto dos criadores do roteiro quanto dos personagens envolvidos. Não há como não simpatizar com Haru por exemplo, e não é tão difícil reparar, além disso, que ela é uma das personas menos chamativas ou uma das que possui uma caracterização não tão exuberante ou muito intrigante – como no caso dos outros que a rodeiam. Tal fato não faz com que ela perca seu valor, contudo, à faz brilhar a partir de seu sorriso e timidez. Muta, um gato cinza e que adora comer, pelo contrário, é cheio de cores e muita diversão, é ele quem faz Haru sorrir, é ele quem traz o cômico para a história.

A crítica encontra-se na personalidade de Haru, ou melhor, na falta dela talvez. Muita insegura e sem ter forças realmente pra dizer o que quer ou o que deseja de sua vida, acaba sendo uma menina muito frágil e sem aptidões, e tudo isso é rodeado pelas amizades com os gatos, os quais são e acabam sendo os guias de sua jornada do e pelo amadurecer. Uma das falas retrata um pouco isso : […] Não Haru. Não perca a si mesma. Precisa aprender a ser você mesma”.

Vale a pena conferir!

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