Marsha P. Johnson, Stonewall e a história do movimento LGBT
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Stonewall, Marsha P. Johnson e a história do movimento LGBT

Marsha P. Johnson, Sylvia Rivera, Stonewall… Esses nomes deveriam ser conhecido por todas as pessoas inseridas dentro do movimento LGBT e infelizmente não são. Mas por que essas pessoas são importantes? Melhor ainda, por que não as conhecemos?

O documentário da Netflix, A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson,  conta um pouco mais de como surgiu o movimento LGBT como um todo, ao investigar a morte de Marsha P. Johnson. Marsha foi uma ativista negra, drag queen, prostituta, conhecida como defensora dos direitos homossexuais, desde 1969, quando aconteceu a revolta de Stonewall. Por que isso é importante? Porque a rebelião é o que dá origem a toda a luta por direitos LGBT no mundo. Foi ali que surgiu o Dia do Orgulho LGBT.

 

 

Marsha é colocada por todos que a conhecem como uma pessoa leve, alegre, divertida e corajosa, porém, infelizmente a vida de Marsha acabou de forma abrupta entre os dias 4 e 6 de julho de 1992. O corpo da ativista de Stonewall foi encontrado no Rio Hudson. Marsha tinha 46 anos, mas já tinha escrito, sem saber, anos de história pela frente. A polícia classificou o caso como suicídio, mas a comunidade e amigos de Marsha nunca aceitaram a causa da morte e estão há mais de 20 anos na busca pelos assassinos da ativista.

Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera

Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, Criadoras da S.T.A.R. (Street Transvestite Action Revolutionaries)

Essa é a proposta do documentário da Netflix, acompanhar a jornada de outra mulher trans, Victoria Cruz, em busca pelo que aconteceu de fato com Marsha P. Johnson. Sem saber, o documentário se torna uma aula de história e um drama triste, principalmente para quem pertence à comunidade LGBT.

Ao assistir a busca de Victoria Cruz pelos assassinos de Marsha P. Johnson, você também vai aprender sobre o que era Stonewall, como a comunidade LGBT era tratada pela polícia, como a máfia era um aliado e um inimigo e como as transexuais foram aparadas do próprio movimento que deram a cara a tapa para criar desde o começo.

O filme explora essas biografias, coloca as transexuais como protagonistas do movimento. De fato protagonistas!

Mas ao mesmo tempo, o documentário te deixa com mais questionamentos do que respostas. É necessária a sensibilidade de entender a época e a situação a quais muitas dessas pessoas estavam inseridas. É importante saber o que foi Stonewall, quem era Marsha, quem era Sylvia e como a luta que começou há mais de 40 anos ainda caminha a pequenos passos.

Prepare alguns lencinhos e as emoções, preste atenção nos detalhes e em cada diálogo, se sensibilize com o que Sylvia Rivera, melhor amiga de Marsha e co-criadora da S.T.A.R. (Street Transvestite Action Revolutionaries), coloca.

Bom filme!

Documentário : A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson
Ficha Técnica:

Direção: David France.

Nacionalidade e Lançamento: EUA, 2017. Distribuído via Netflix

Sinopse Oficial: Documentário sobre o legado político deixado por Marsha P. Johnson, a estrela da TV americana e lendária figura do gueto gay de Nova York, conhecida por muitos como a “Rosa Parks do mundo LGBT”. Ao lado de Sylvia Rivera, Marsha foi a responsável por fundar a Transvestites Action Revolutionaries, um grupo de ativistas trans do país.

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