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Crítica: Headhunters

Ficha Técnica

Direção: Morten Tyldum

Roteiro: Lars Gudmestad e Ulf Ryberg

Elenco: Aksel Hennie, Synnøve Macody Lund, Nikolaj Coster-Waldau

Nacionalidade e Lançamento: Noruega e Alemanha, 2011

Sinopse: Roger Brown ganha a vida através de roubos de obras de arte, escondido pela sua profissão de caça-talentos. Ele não é alto e nem bonito, e por isso tenta compensar sua bela esposa Diana com presentes caros. Quando Roger conhece Clas Greve, que possui uma valiosa pintura, ele encontra uma ótima oportunidade para o próximo roubo, que garantiria o fim de suas dívidas. Porém, quando entra no apartamento de Greve, as coisas não saem como o esperado, e Brown torna-se o caçado.

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Headhunters (Hodejegerne) é um filme que começa transmitindo um aspecto cômico, mas logo se transforma em um suspense. A trama nos traz como protagonista o headhunter (caçador de talentos) Roger Brown (Aksel Hennie), que recruta executivos para ocuparem cargos importantes em grandes empresas. Durante esse trabalho formal, Brown descobre sobre o cotidiano de seus clientes e sobre suas aquisições valiosas, e planeja roubos de obras de arte em suas residências. Desse modo, Brown compra presentes caríssimos para sua esposa Diana (Synnøve Macody Lund), acreditando que ela o deixará se ele não oferecer um padrão de vida digno de um homem rico.

Quando Brown conhece Clas Greve (Nikolaj Coster-Waldau, conhecido por interpretar Jamie Lannister na série Game of Thrones) na inauguração da galeria de arte de Diana, ele se prende a uma poderosa oportunidade de roubo que acabará com todas as suas dívidas, garantindo que Diana não descubra que ele não é um homem de classe alta. Ele descobre que Greve possui uma valiosa pintura, e não vai deixar essa chance lhe escapar.

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Com todo o plano idealizado, Brown entra na casa de Greve para adquirir a pintura. Entretanto, seu esquema não sai como planejado. Em uma reviravolta, Brown torna-se o caçado, e percebe que entrou em uma cilada sem retorno. Greve não economiza nos esforços para tentar matá-lo, e nosso protagonista retira sua máscara, revelando um homem desesperado e atordoado.

Desde o início do filme é notável o complexo de inferioridade de Brown, por querer agradar sua esposa com presentes caros. Diana é alta e bonita, enquanto Brown é um homem baixo e sem destaques na aparência, o que o faz pensar que sua esposa não gostaria dele se ele revelasse que na verdade não tem todo o dinheiro que afirma possuir. Quando Brown bate de frente com a oportunidade de assaltar Greve, ele entende que pode dar um fim a todos os seus problemas financeiros. Porém, Diana sempre deixou claro que o que ela mais quer no mundo é um filho dele. Mas isso Brown não quer lhe dar, e não enxerga o que realmente importa.

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O roteiro é adaptado a partir da obra homônima de Jo Nesbø. Embora não seja um roteiro ruim, encontramos vários explicações mal arquitetadas e flashbacks que mostram ao espectador o golpe final. Toda a construção da história que a leva ao final poderia se encerrar de maneira mais dramática, e faltam elementos que arranjem uma melhor ligação entre as cenas.

O filme peca em vários aspectos, mesmo quando apresenta uma trama chamativa. Tudo ocorre bem até certo ponto, mas aproximadamente no meio do filme o espectador já percebe a qualidade inferior e certa desorganização. É uma pena, pois a história deveria prender o espectador até os últimos minutos. Sugiro que assistam sem grandes expectativas.

  • Nota Geral
3

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