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Já tem filme na corrida do Oscar 2017: conheça “O Nascimento de Uma Nação”

Nem chegou o Oscar 2016, e já tem um filme que está dando o que falar para a edição do próximo ano: “O Nascimento de uma Nação” pode vir a concorrer ao Oscar 2017, e ainda atender às expectativas por mais diversidade no Oscar.

Vencedor dos dois maiores prêmios do Festival de Sundance, “The Birth of a Nation” (a tradução literal ainda não é oficial para o Brasil, e pode sofrer mudanças) é a cinebiografia de Nat Turner, escravo que, em 1831, liderou uma revolta que até hoje tem um significado muito importante na luta dos negros por igualdade nos Estados Unidos.

Dirigido e protagonizado por Nate Parker (Sem Escalas, Esquadrão Red Tails), o longa já galga os degraus em busca de aceitação do público e crítica. Conheça alguns fatos sobre ele:

1- Exibido no Festival de Sundance (de 21 a 31 de janeiro), o filme foi aplaudido, ovacionado e arrancou lágrimas do público.

2- No festival, os direitos de distribuição foram vendidos para a Fox Searchlight Pictures por US$17,5 milhões. Para um filme independente, é o preço mais alto já pago no festival, superando o recorde anterior de “Pequena Miss Sushine”. A Netflix chegou a oferecer US$20 milhões para colocar o filme em seu catálogo, mas os produtores entenderam que a proposta da Fox, que vai exibir em mais festivais e iniciar um caminho mais tradicional para o longa, será mais positiva e dará mais chances para o filme participar da próxima temporada de premiações.

3- O longa ganhou o mesmo título do clássico de 1915 dirigido por D. W. Griffith, conhecido por ser um dos filmes mais racistas de todos os tempos. Segundo o diretor, a apropriação do título é uma forma de “desafiar o racismo e a supremacia branca na América”.

4- Já comparado a “12 Anos de Escravidão” pela temática, o longa propõe uma mudança dramática no racismo sistêmico da sociedade americana. No debate após a exibição do filme em Sundance, Nate Parker fez uma interessante observação: “geralmente, quando vimos filmes e livros sobre escravidão, eles pintam os opressores como sociopatas que querem bater e torturar, para que as pessoas pensem ‘eu não sou assim, não sou como eles, maus’, mas a realidade é que estas pessoas pensavam que estavam fazendo o bem, mesmo que estivessem fazendo o mal”.

5- O longa ganhou dois prêmios no festival de Sundance: o Prêmio do Júri e o Prêmio da Audiência. É a quarta vez consecutiva que um filme ganha os dois prêmios. Os anteriores foram “Fruitvale Station: A Última Parada” (2013), “Whiplash – Em Busca da Perfeição” (2014) e “Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer” (2015).

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