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Meta para 2016: Viver mais

Venho pensando muito sobre a vida nas últimas semanas, estou buscando entender melhor o que significa este verbo: viver. O que será que se quer dizer com “ter uma vida que vale à pena ser vivida”, assim como indicou Clóvis de Barros Filho, professor de ética da USP? Penso no caso dos refugiados na Síria, nos atentados terroristas em diferentes partes do mundo e nos níveis cada vez maiores de violência nas cidades. Não é um tema fácil de se responder, envolvemos ideologias, intolerâncias e corremos o risco de se cair nos “achismosbeasts” e nas definições simplórias. O meu intuito aqui é muito mais simples, busco a problematização. Quero te contar rapidamente as minhas experiências recentes com três filmes que assisti e que resultaram em toda essa reflexão. Mais que isso, quero trazer o quesito humano e o que todos nós temos em comum.

Para começar a ilustrar e construir o meu raciocínio, trago o “Beasts of No Nation”, filme que estreou no Netflix em 2015. Nele, você tem a oportunidade de abrir uma janela para o mundo e compreender melhor o que leva uma pessoa a abandonar o seu país de origem para se jogar ao mar em um bote inflável. Eu assisti a este filme em um final de tarde, naqueles dias em que a gente não tem muito o que fazer. Comecei sem muita pretensão e acabei me surpreendendo, tenso e emocionado, me permiti imergir. Direta ou indiretamente, “Beasts of No Nation” trata da vida, da sua, da minha e a de todos nós. Sobretudo, fala do inesperado, de eventos que surgem sem avisar e acabam mudando tudo.

Continuo o caminho com  “O quarto de Jack (2016)”, do diretor Lenny Abrahamson. Não é à toa que este filme está concorrendo ao Oscar, me deixou sem fôlego do começo ao fim. Confesso que não conhecia os trabalhos de Brie Larson e Jacob Tremblay, mas os dois apresentaram atuações impecáveis. Toda a construção do longa é muito bem pensada para trazer o espectador para dentro da história. Os posicionamentos de câmera, possibilitam que vejamos a mesma situação de ângulos e pontos dquartodejacke vista, diferentes. Mas, ainda assim, para além da técnica, esta produção me falou muito sobre fragilidade. Uma característica inerente ao humano e que queremos incessantemente esconder.

Em terceiro e último, mas não menos importante, aponto para “Questão de Tempo (2013)”. Um filme britânico com um ritmo bem mais leve do que os que citei anteriormente. O longa passa pelo cômico e aborda temas muito importantes, principalmenteAboutTime, sobre como aproveitamos o nosso tempo e fazemos nossas escolhas. O filme fala sobre a intensidade de se viver no melhor estilo romântico, ele te inspira, e apresenta a vida.

Neste início de 2016, é comum que cada um de nós pare por um instante para avaliarmos o caminho que estamos trilhando. AcabamLifeos pensando sobre a nossa idade, fazemos contas sobre em que fase da vida estamos e, inevitavelmente, nos comparamos ao restante das pessoas que estão à nossa volta. Por isso, eu te convido a unir estes três filmes à sua reflexão. Só dessa vez, eu te desafio a apresentar-se para diferentes olhares, assumir diferentes possibilidades e arriscar-se! Eu te digo com segurança que cada uma destas produções me proporcionou uma vivência única. Comecei a repensar os meus dias de uma maneira diferente e adicionei à minha lista de início de ano: “Meta para 2016: Viver mais”.

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