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Crítica: Percy Jackson e o Mar de Monstros

 

Quando surgiu nos cinemas, o primeiro filme de Percy Jackson tinha o objetivo (fingido ou forçado) de ser o “substituto” de Harry Potter… mesmo que a série do bruxo não tivesse acabado, e mesmo que Crepúsculo ainda estivesse a pleno vapor. O fato é que “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” não encantou os americanos e nem mesmo os fãs da série literária: foi graças ao sucesso do filme fora das terras do Tio Sam que se decidiu continuar a saga no cinema.

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Com direção de Thor Freudental, o filme começa com uma breve explicação em “off” para os desavisados e continua a trama dos “meio-sangue”, que vivem em um acampamento bloqueado magicamente contra as pessoas “normais”. Se isso lembra Harry Potter, imagine o restante da história. Profecias que podem funcionar (ou não) com o protagonista, amiga inteligente que ajuda a encontrar soluções, amigo quase inútil que serve de alívio cômico (dois, por falta de um) e problemas dos personagens com a (falta de) família nos lembram a todo tempo da saga de J. K. Rowling. Pelo menos o protagonista carrega uma espada, algo muito mais divertido que uma varinha!

Ao menos, no entanto, há um quesito muito importante em “Percy Jackson” que tira parte de sua responsabilidade: ele não se leva a sério. As constantes piadas feitas até mesmo nos momentos de maior “perigo” nos mostram que não se trata de um drama complexo, mas de uma grande aventura para ser assistida com um punhado de pipoca nas mãos. Dessa forma, fica perfeitamente aceitável que Percy consiga derrotar com tanta facilidade o titã Cronos, ser poderoso que seu próprio pai, o deus Poseidon, tanto sofreu para derrotar.

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Preocupado em explicar todos os detalhes sobre os conceitos de deuses, semideuses e a saúde dos ciclopes, “Percy Jackson e o Mar de Monstros” é mais didático que seu antecessor, e ainda tem um vilão com a motivação mais mal explicada e fraca possível: ele quer se vingar do pai, Hermes, destruindo “o mundo todo”, e seu pai continua vivendo no cenário que foi roubado da produção de MIB? (sim, isso foi irônico).

No entanto, apesar de um 3D convertido desnecessário, personagens adultos absurdamente irresponsáveis (ora, os deuses do Olimpo eram assim mesmo, né?) e efeitos especiais medianos, o filme diverte. Acredite.

Mas é bom que a série Percy Jackson se limite a algo despretensioso que não se leva a sério. Se existe algum substituto de Harry Potter, ele se chama “Jogos Vorazes”.

 

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